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Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 17h31.
Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que descartaria sua candidatura ao cargo de primeiro-ministro se o atual ocupante do cargo, Mario Monti, concordar em liderar o partido de centro-direita de Berlusconi, Povo da Liberdade (PDL).
"Não tenho ambições pessoais", afirmou Berlusconi no lançamento de um livro em Roma. "Mas Monti não parece querer ser candidato de um partido." Ele afirmou que fará o possível para que os "moderados" vençam o Partido Democrático, de centro-esquerda, nas eleições previstas para o primeiro semestre do ano que vem, e que acredita poder recuperar a maior parte dos votos recebidos por ele em sua campanha de 2008.
Além disso, o ex-premiê atacou os líderes europeus que criticam sua volta à política, dizendo que existe "muita malícia" dentre os líderes da região e que é uma "mentira colossal" dizer que ele levou a Itália para perto do abismo.
Berlusconi também reiterou suas críticas à política econômica da Alemanha, dizendo que a União Europeia idealizada por ele não consistiria em "uma hegemonia de interesses próprios". Ele acusou os bancos alemães de comandarem vendas sistemáticas de bônus italianos em junho de 2011, levando ao aumento nos custos de empréstimos da Itália, o que o fez abrir espaço para Monti. Segundo ele, porém, os 5 bilhões de euros a mais em custos de financiamento nunca seriam capazes de colocar a Itália na beira da falência.
Ele afirmou que o euro não é uma moeda "verdadeira", já que não existe um banco central disposto a "emitir moeda" como no Japão, para eliminar a possibilidade de um default.
Na semana passada, Berlusconi havia anunciado que pretende concorrer novamente ao cargo de primeiro-ministro. Hoje, ele foi perguntado cinco vezes se esse ainda é o seu plano, já que suas respostas não foram convincentes. "Neste momento, sou candidato a primeiro-ministro", afirmou. "Com certeza venceremos."
As informações são da Dow Jones.