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Israelenses mantêm distanciamento social mesmo em protesto contra governo

Com máscaras protetoras e vestidos de preto, os participantes ficaram a 2 metros de distância, respeitando as medidas de distanciamento social em vigor

Israel: protesto foi contra as negociações entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-rival, Benny Gantz, em busca de formar governo (Daniel Bar On/Anadolu Agency/Getty Images)

Israel: protesto foi contra as negociações entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-rival, Benny Gantz, em busca de formar governo (Daniel Bar On/Anadolu Agency/Getty Images)

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AFP

Publicado em 20 de abril de 2020 às 12h52.

Última atualização em 20 de abril de 2020 às 18h25.

Milhares de israelenses se manifestaram na noite deste domingo (19) em Tel Aviv contra as ameaças, segundo os organizadores, para a democracia de Israel, no contexto de negociações entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-rival, Benny Gantz, em busca de formar governo.

Cerca de 2.000 manifestantes, segundo a imprensa do país, atenderam ao chamado do movimento "bandeiras negras" no Facebook e se reuniram na Praça Yitzhak Rabin, em Tel Aviv, para "salvar a democracia".

Os manifestantes queriam expressar sua rejeição ao diálogo em andamento entre Benny Gantz, líder do partido "Azul-Branco" (centro) e o chefe dos conservadores do Likud, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção.

Com máscaras protetoras e vestidos principalmente de preto, os participantes ficaram a dois metros de distância, respeitando as medidas de distanciamento social em vigor para impedir a propagação da pandemia da COVID-19, que oficialmente infectou 13.000 pessoas no país e matou 172.

"Deixe a democracia vencer", estava escrito numa das faixas, enquanto cartazes exibiam "Ministro do Crime".

"A corrupção não é combatida por dentro. Se você está dentro, você faz parte disso", declarou o deputado Yair Lapid, da oposição, contra seu ex-aliado Benny Gantz.

 

"As democracias morrem por dentro porque as pessoas boas se calam e as pessoas fracas se rendem", acrescentou, denunciando as supostas manobras de Netanyahu para permanecer no poder.

"Estamos aqui para dizer que nunca desistiremos", acrescentou.

Após as eleições de 2 de março, a terceira em que Gantz e Netanyahu se enfrentaram em menos de um ano, o presidente Reuven Rivlin confiou ao político do centro a tarefa de formar um governo.

Mas, em meio a uma pandemia de coronavírus, Gantz optou por formar um governo de "união e emergência" com Netanyahu, o que causou descontentamento entre os apoiadores da oposição.

Segunda-feira à noite era o prazo para Gantz e Netanyahu chegarem a um acordo, mas como esse não era o caso, o presidente Rivlin pediu ao Parlamento que propusesse o nome de um deputado que tenha apoio suficiente, dentro de três semanas, para formar governo.

Enquanto isso, os grupos de Gantz e Netanyahu afirmam que continuam dialogando visando a uma possível união.

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