Menino palestino passa ao lado de caminhão destruído após ataque aéreo israelense: 163 palestinos morreram e 1.235 ficaram feridos durante a ofensiva (Moiz Salhi/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 07h39.
Jerusalém - Os israelenses estão divididos sobre o cessar-fogo decidido na quarta-feira e que acabou com oito dias de hostilidades na Faixa de Gaza, segundo uma pesquisa publicada no jornal Maariv.
De acordo com a sondagem, 49% dos entrevistados consideram que a operação "Pilar de Defesa" deveria ter continuado, enquanto 31% manifestaram apoio ao cessar-fogo e 20% não expressaram opinião.
O Maariv destaca que os eleitores simpatizantes dos partidos de direita e dos religiosos são os mais críticos a respeito do cessar-fogo, enquanto os simpatizantes da oposição centrista apoiam o acordo, obtido com a mediação do Egito.
O governo de direita de Benjamin Netanyahu ameaçou diversas vezes lançar uma operação terrestre de grande envergadura na Faixa de Gaza e mobilizou milhares de reservistas. No entanto, desistiu do projeto que poderia ter provocado muitas baixas entre os soldados antes das eleições de 22 de janeiro.
Durante a ofensiva aérea israelense iniciada em 14 de novembro em Gaza com a morte de Ahmad Jabari, o chefe militar do Hamas, que governa Gaza, 163 palestinos morreram e 1.235 ficaram feridos.
Seis israelenses, incluindo dois soldados, morreram e 240 foram feridos em consequência dos disparos de mais de mil foguetes palestinos contra o sul de Israel.