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Israel volta a fechar bares e academias após alta em casos de coronavírus

O país vem registrando mais de 1.000 casos diários nestes primeiros dias de julho. No começo de junho, eram menos de 200 casos diários

Bejamin Netanyahu, premiê de Israel: alta recente de casos de coronavírus no país (Gali Tibbon/Pool/Reuters)

Bejamin Netanyahu, premiê de Israel: alta recente de casos de coronavírus no país (Gali Tibbon/Pool/Reuters)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 6 de julho de 2020 às 15h55.

Última atualização em 6 de julho de 2020 às 17h05.

O governo de Israel decidiu que parte dos serviços vai voltar a fechar no país devido a uma alta recente no número de casos do novo coronavírus. A decisão prevê o fechamento imediato de bares, casas noturnas, academias e eventos presenciais.

A medida foi decidida em uma sessão especial das autoridades locais. Na discussão, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, afirmou que o fechamento desses estabelecimentos precisaria acontecer para evitar uma quarentena ainda mais ampla.

Israel tem mais de 30.000 casos de coronavírus e 334 mortes, segundo compilado da Universidade Johns Hopkins nesta segunda-feira, 6, um dos 50 países do mundo com maior número absoluto de casos.

O país vem registrando mais de 1.000 novos casos diários nestes primeiros dias do mês de julho, níveis ainda maiores do que no primeiro surto da doença, entre março e abril. No começo de junho, eram menos de 200 casos diários.

Palestinos fazem oração durante protesto contra ocupações na Cisjordânia: desavenças com israelenses na região continuam em meio ao coronavírus

Palestinos fazem oração durante protesto contra ocupações na Cisjordânia: desavenças com israelenses na região continuam em meio ao coronavírus (Mohamad Torokman)

Fronteira com os palestinos

As desavenças históricas entre palestinos e israelenses na fronteira entre os territórios ganha novos contornos também em meio à crise do coronavírus.

Com a alta de casos, o governo palestino pediu a Israel que fechasse os acessos à Cisjordânia, nas áreas sob controle israelense. Parte da Cisjordânia está sob administração da Autoridade Palestina, corpo de governo dos palestinos, mas parte do território é ocupado por assentamentos israelenses — outro ponto de disputa entre os dois povos.

Na semana passada, a Autoridade Palestina já havia decidido isolar por cinco dias as zonas da Cisjordânia que estão sob sua administração, mas pede que o governo israelense faça o mesmo em suas áreas. O objetivo é que o deslocamento de pessoas entre territórios palestinos e israelenses diminua.

"Pedimos a Israel que feche todos os acessos e, aos palestinos que trabalham em Israel, que permaneçam em seus locais de trabalho e que não voltem aos territórios palestinos", disse o primeiro-ministro palestino, Mohamed Shtayyeh, segundo reportou a agência AFP.

Nesta segunda-feira, 6, palestinos protestaram na Cisjordânia contra os assentamentos de Israel, dizendo que eles aumentam a disseminação de casos no território palestino.

A Cisjordânia tem mais de 4.200 casos de coronavírus, segundo o Ministério de Saúde local, e 16 óbitos. O número de casos dobrou na última semana, acompanhando a alta em Israel.

 

 

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