Mundo

Israel tenta atrair voos internacionais de volta a Tel Aviv

País insistiu às compahias aéreas que o seu principal aeroporto é seguro, apesar de ser alvo de foguetes palestinos

Vários voos foram cancelados no Aeroporto Internacional Ben-Guirion, em Tel Aviv (Siegfried Modola/Reuters)

Vários voos foram cancelados no Aeroporto Internacional Ben-Guirion, em Tel Aviv (Siegfried Modola/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2014 às 17h48.

Jerusalém - Israel tentou nesta quarta-feira convencer companhias aéreas dos Estados Unidos e da Europa a voltarem a pousar em Tel Aviv após a suspensão de alguns serviços, insistindo que o seu principal aeroporto é seguro, apesar de ser alvo de foguetes palestinos.

As autoridades israelenses enfatizaram o sucesso do sistema interceptador de mísseis Domo de Ferro na proteção do Aeroporto Ben-Gurion contra foguetes disparados por militantes na Faixa de Gaza, assim como a medida preventiva de reduzir o espaço aéreo desde o início dos combates em 8 de julho.

Israel também disse que as companhias aéreas estrangeiras podem usar um aeroporto alternativo mais ao sul, no deserto.

Cerca de 30 empresas aéreas suspenderam os voos ao Ben-Gurion. Três delas eram norte-americanas, agindo de acordo com a uma proibição emitida na terça-feira pela Autoridade Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), que foi ampliada em 24 horas nesta quarta-feira.

A Turkish Airlines também estendeu a suspensão dos seus voos por mais um dia.

A FAA afirma estar reagindo a um foguete palestino que atingiu um edifício a dois quilômetros do aeroporto. Israel argumenta que o dano foi causado pelos destroços do artefato, abatido pelo Domo de Ferro.

“Nosso aeroporto é seguro. E esperamos que as aéreas norte-americanas voltem a voar para Israel logo", declarou Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em entrevista à rede MSNBC.

Mesmo assim, a maioria das companhias aéreas europeias seguiu o exemplo, reduzindo drasticamente seus voos ao Ben-Gurion, aeroporto de médio porte normalmente muito movimentado durante o verão.

Autoridades israelenses classificaram a determinação da FAA como muito precipitada e influenciada pelo nervosismo causado pela derrubada de um avião de passageiros da Malaysia Airlines na Ucrânia na semana passada.

O diretor-geral da Autoridade Civil de Aviação de Israel, Giora Romm, disse ter falado com seus colegas na FAA e dado à agência dos EUA uma série de informações sobre a segurança do aeroporto.

Romm descartou comparações entre os foguetes relativamente simples feitos pelos militantes de Gaza e o míssil russo guiado por radar que o Ocidente acredita ter derrubado o voo da Malaysia Airlines e matado todas os 298 pessoas a bordo.

“Estou um pouco aborrecido com a histeria daquele foguete (de Gaza)", declarou ele à Reuters. "Um dos argumentos mais inacreditáveis é que há uma relação entre os foguetes e o míssil terra-ar que derrubou o avião na Ucrânia.”

Os EUA ainda analisam a capacidade dos projéteis do Hamas, informou o Departamento de Estado norte-americano em um comunicado, que diz que o Hamas possui foguetes que podem alcançar o aeroporto, embora sua precisão seja limitada.

Não se determinou se o grupo palestino tem mísseis guiados por calor, segundo o documento.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosConflito árabe-israelenseIsraelSetor de transporteTransportes

Mais de Mundo

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista

Novo incêndio florestal provoca ordens de evacuação na região de Los Angeles