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Israel sugere que realizou ataque em território sírio

O ministro da Defesa Ehud Barak levantou a questão durante uma reunião de diplomatas e autoridades de defesa dos principais países do mundo, realizada na Alemanha

Ministro da Defesa de Israel Ehud Barak discursa na 49ª Conferência de Políticas de Segurança neste domingo em Munique (REUTERS/Michael Dalder)

Ministro da Defesa de Israel Ehud Barak discursa na 49ª Conferência de Políticas de Segurança neste domingo em Munique (REUTERS/Michael Dalder)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Munique - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, deu a entender neste domingo que seu país esteve por trás do ataque aéreo contra a síria, ocorrido na quarta-feira. Foram os primeiros comentários públicos de seu governo sobre o ataque que, segundo autoridades dos Estados Unidos, teve como alvo um comboio que levava armamento antiaéreo para o grupo militante Hezbollah, no vizinho Líbano.

Barak levantou a questão durante uma reunião de diplomatas e autoridades de defesa dos principais países do mundo, realizada na Alemanha. Inicialmente ele disse que "não posso adicionar nada ao que vocês têm lido nos jornais sobre o que aconteceu na Síria alguns dias atrás".

Dirigindo-se à plateia em inglês, ele acrescentou que "eu continuo a dizer francamente que nós afirmamos que achamos que não deveria ser permitido o envio de sistemas avançados de armas para o Líbano".

Israel ainda não havia se pronunciado a respeito do ataque, mas nos dias seguintes o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outras importantes autoridades do país advertiram sobre os perigos de os armamentos sírios caírem nas mãos do Hezbollah e de outros elementos hostis na região.

O Exército sírio afirmou, porém, que o alvo dos aviões de Israel era um centro de pesquisa científica. A instalação fica perto de Jamraya, noroeste de Damasco.


Supostas imagens do local atingido, divulgadas pela televisão estatal síria no sábado, mostra carros, caminhões e veículos militares destruídos. Um prédio teve seus vidros quebrados e há danos no interior da edificação, mas sem grandes danos estruturais.

Após o ataque, o embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdul-Karim Ali, disse que Damasco "tem a opção e a capacidade de retaliar de surpresa", mas que dependia das autoridades escolher o momento e o local em que isso será feito.

Por outro lado, líderes opositores e rebeldes criticaram Assad na sexta-feira por ele não ter respondido ao ataque, chamando o fato de prova da fraqueza e aquiescência com Israel.

O chefe da poderosa Guarda Revolucionária do Irã declarou, neste domingo, que Teerã também espera que a Síria revide o ataque israelense. A agencia oficial notícias iraniana citou o general Mohammad Ali Jafari dizendo que "esperamos que a Síria dê uma resposta apropriada ao ataque, no tempo certo."

Desde o início da guerra civil na Síria, líderes israelenses têm expressado temores de que o território sírio se desintegre e o presidente Bashar Assad perca o controle de suas armas químicas e convencionais.

Na noite de sábado, Netanyahu, que está no processo de formação de uma nova coalizão, disse que seu novo governo terá de lidar o fato de que armas "estão sendo estocadas perto de nós e ameaçam nossas cidades e civis", numa aparente referência à deterioração da situação na Síria.

Barak disse que "o Hezbollah, no Líbano, e os iranianos, são os únicos aliados que Assad ainda tem". Ele declarou também que acredita que a queda de Assad "é iminente" e que quando isso acontecer "será uma grande golpe para os iranianos e o Hezbollah". "Eu acho que eles pagarão o preço", afirmou. As informações são da Associated Press.

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