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Israel rejeita instruções da UE sobre suas fronteiras

A União Europeia orientou a seus 28 Estados-membros que não financiem projetos em colônias israelenses


	Benjamin Netanyahu: Netanyahu convocou os ministros da Justiça e do Comércio e o vice-ministro das Relações Exteriores para abordar as "diretrizes" da UE.
 (Sebastian Scheiner/AFP)

Benjamin Netanyahu: Netanyahu convocou os ministros da Justiça e do Comércio e o vice-ministro das Relações Exteriores para abordar as "diretrizes" da UE. (Sebastian Scheiner/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 15h56.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta terça-feira as instruções da União Europeia a seus 28 Estados-membros para que não financiem projetos em colônias israelenses.

"Não aceitaremos as imposições externas sobre nossas fronteiras", declarou o premiê durante uma reunião ministerial de emergência, segundo o seu gabinete.

"Esta questão só será tratada em negociações diretas entre as partes", insistiu.

Netanyahu convocou os ministros da Justiça e do Comércio e o vice-ministro das Relações Exteriores para abordar as "diretrizes" da UE adotadas em junho e que devem ser publicadas oficialmente esta semana.

Segundo a UE, essas orientações preveem que, a partir de 2014, todos os acordos entre o Estado de Israel e a União Europeia deverão "indicar sem ambiguidades e explicitamente que eles não se aplicam aos territórios ocupados por Israel em 1967".

Elas serão "aplicáveis a todos os empréstimos e instrumentos financeiros financiados pela União Europeia", indicou em Bruxelas a porta-voz do serviço diplomático europeu, Maja Kocijancic.

Esta iniciativa estabelece uma distinção entre Israel e Cisjordânia de um lado, Jerusalém Oriental, Faixa de Gaza e as Colinas de Golã de outro, territórios palestinos e sírios ocupados por Israel a partir de 1967.

"Acredito que aqueles que se preocupam com a paz e a estabilidade da região evocariam uma questão como esta apenas depois de resolvidos problemas um pouco mais urgentes, como a guerra civil na Síria e a corrida nuclear no Irã", declarou Netanyahu.

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