Nova Zelândia: o ministro neozelandês de Relações Exteriores confirmou que tiveram o mesmo diplomata credenciado perante Israel e Palestina desde 2008 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2014 às 07h47.
Sydney (Austrália) - O governo da Nova Zelândia se mostrou nesta segunda-feira surpreso de que Israel tenha rejeitado credenciar seu novo embaixador porque também o era perante a Autoridade Nacional Palestina (ANP), quando é uma prática que mantêm desde 2008.
"Segundo entendi, Israel decide a quem credencia perante ele. Não aceitarão ninguém que também esteja credenciado com a Palestina. No entanto, nosso caso foi que historicamente credenciamos a mesma pessoa para Israel e Palestina", disse o primeiro-ministro neozelandês, John Key, à imprensa em seu país, segundo o meio digital "Stuff".
"Obviamente, vai ser um inconveniente para nós não poder continuar fazendo isso", acrescentou o dirigente, apontando para dificuldades logísticas que apresenta esta recusa de Israel.
O ministro neozelandês de Relações Exteriores, Murray McCully, confirmou que tiveram o mesmo diplomata credenciado perante Israel e Palestina desde 2008.
O chefe da diplomacia neozelandesa disse que estudam a situação para ver como podem ter os "representantes adequados" perante ambas as autoridades.
A Nova Zelândia não dispõe de embaixada em Israel e suas relações diplomáticas estão sob a responsabilidade de sua representação em Ancara, também responsável por vários países da região.