Palestino usa um estilingue para atirar uma pedra em direção a soldados israelenses: manifestações motivaram projeto (REUTERS/Mohamad Torokman)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2015 às 17h14.
JERUSALEM - Ministros do gabinete israelense aprovaram neste domingo uma legislação com o objetivo de impor sanções mais duras sobre atiradores de pedras, uma medida que resultou de uma onda de protestos palestinos no ano passado na Jerusalém Oriental ocupada.
Um projeto de lei que ganhou aprovação parlamentar preliminar no fim do ano passado permite sentenças de até 20 anos de prisão por atirar uma pedra com a intenção de causar danos corporais.
Mas a nova ministra de Justiça de Israel, Ayelet Shaked, que é da extrema-direita, reclamou que punições mais leves provavelmente seriam proferidas, dada a dificuldade de provar a intenção, especialmente em casos de arremesso de pedras em protestos de rua em massa.
No Twitter, ela anunciou que uma comissão ministerial aprovou as emendas por ela propostas, que incluem uma pena de 10 anos de prisão, sem a necessidade de provar que acusado teve a intenção de machucar alguém ao atirar uma pedra.
Atualmente, disseram autoridades da justiça, os promotores pedem sentenças de não mais de três meses de prisão para acusados de atirar pedras, que não tenham causado ferimentos graves.
Com a decisão deste domingo, o projeto de lei pode tramitar rapidamente pelo parlamento, onde o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu controla 61 das 120 cadeiras.