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Da Redação
Publicado em 6 de março de 2013 às 08h57.
Jerusalém - O Ministério das Relações Exteriores de Israel evitou nesta terça-feira fazer comentários sobre a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, dirigente que levou as relações com o Estado judeu a seu ponto mais baixo.
"Não temos nenhuma avaliação sobre essa questão", disse à Agência Efe o porta-voz das Relações Exteriores Yigal Palmor.
Em janeiro de 2009 o governo de Caracas rompeu relações diplomáticas com Israel, após a operação israelense Chumbo Fundido contra a Faixa de Gaza, e pouco após ter expulsado o embaixador israelense desse país em Caracas.
O governo de Chávez foi muito crítico com Israel nos fóruns internacionais e pediu reiteradamente punições da ONU pelo descumprimento de resoluções do organismo e violação dos direitos do povo palestino.
Por sua vez, Israel acusou repetidamente a Venezuela de ter laços estreitos com o movimento islamita palestino Hamas, a milícia libanesa xiita Hezbollah e o Irã.
O vice-primeiro-ministro israelense, Moshé Yaalon, afirmou em 2011 que o Irã está criando uma "infraestrutura terrorista" na América Latina com a conivência da Venezuela para atentar contra os Estados Unidos, Israel e seus aliados.
O vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Dani Ayalon, por sua vez, acusou Chávez de ter "transformado" seu país em uma "base avançada iraniana no continente" americano.
Em 2009, Chávez chamou publicamente de "louco", "malandro" e "ladrão" o então ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, e disse que suas declarações sobre a suposta presença de células do Hezbollah na Venezuela eram uma estratégia para colaborar com supostos planos dos EUA de "invadir" a Venezuela.