Mulher palestina chora na frente de uma casa danificada em ataque aéreo israelense em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza (REUTERS/Suhaib Salem)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 06h29.
Jerusalém - O Exército israelense anunciou nesta sexta-feira a mobilização de 16 mil reservistas, em um possível passo rumo a uma invasão militar de Gaza no marco da chamada operação "Pilar Defensivo", que entra hoje em seu terceiro dia.
Alguns israelenses relatam nas redes sociais já terem recebido a convocação de seus comandantes militares, que usaram o Twitter para fazer o anúncio.
Ontem, o ministro da Defesa, Ehud Barak, deu sinal verde à mobilização de até 30 mil reservistas para uma possível expansão da ofensiva na Faixa de Gaza.
Trata-se da primeira convocação de reservistas desde a Operação "Chumbo Fundido", há quatro anos, na qual morreram 1,4 mil palestinos (em sua maioria civis) e que incluiu uma invasão terrestre de Gaza, de duas semanas de duração.
Em comunicado, Barak assinalou que a mobilização permitirá que Israel "esteja preparado para qualquer tipo de contingência".
"O fogo dirigido contra a região de Tel Aviv e o nível de fogo dirigido contra Israel em geral hoje representa uma escalada pela qual a outra parte terá que pagar um preço muito alto", advertiu.
Além disso, o chefe do Estado-Maior, Benny Gantz, "autorizou as unidades regulares do Exército a se prepararem para uma incursão terrestre", informou o porta-voz militar, Yoav Mordechai.
A operação "Pilar Defensivo" entra em seu terceiro dia com o balanço de 19 mortos palestinos (pelo menos 11 civis) e três civis israelenses.