Mundo

Israel mantém 'todas as opções' diante do Irã, diz Peres

O presidente de Israel, Shimon Peres, disse que seu país mantém abertas "todas as opções" para uma eventual resposta contra o programa nuclear iraniano


	Shimon Peres, presidente de Israel: país não descarta uma ação militar contra o programa nuclear iraniano 
 (Getty Images)

Shimon Peres, presidente de Israel: país não descarta uma ação militar contra o programa nuclear iraniano  (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 14h15.

Bruxelas - O presidente de Israel, Shimon Peres, disse nesta segunda-feira que seu país mantém abertas "todas as opções" para uma eventual resposta contra o programa nuclear iraniano, apesar da aproximação registrada na semana passada entre Teerã e Washington.

Em uma conferência no Palácio da Paz de Haia, em Bruxelas, Peres defendeu que as sanções internacionais podem estar tendo efeito nas "declarações" das autoridades iranianas e considerou que seria "melhor" se com elas o país "deixasse de ser um centro do terror e de se concentrar em construir bombas atômicas".

"Mas todas as opções seguem abertas", afirmou o presidente de Israel, país que não descarta uma ação militar contra o programa nuclear iraniano ao considerar que o governo de Teerã não diz a verdade sobre suas reais intenções.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve se reunir hoje com o presidente americano, Barack Obama, que conversou na sexta-feira passada com o chefe de Estado iraniano, Hassan Rohani, para falar sobre "um acordo em relação ao programa nuclear" do país islâmico.

A conversa é histórica, pois é a primeira entre os líderes de ambos os países em mais de 30 anos. Netanyahu deve pedir a Obama que exija do Irã interromper o funcionamento das centrífugas para enriquecer urânio enquanto negocia com esse país, segundo a imprensa israelense.

Por outro lado, Peres afirmou em Haia que Israel considerará sua adesão à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) após a entrada da Síria, segundo declarações divulgadas pela agência "ANP".

Israel assinou nos anos 90 a convenção internacional que proíbe produzir, armazenar e utilizar armamento químico, mas nunca a ratificou.

Após a adesão da Síria à OPAQ como parte do acordo internacional para destruir com seu arsenal químico, só Israel e outros cinco países (Mianmar, Angola, Egito, Coreia do Norte e Sudão do Sul) seguem fora da organização.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBarack ObamaEstados Unidos (EUA)Hassan RohaniIrã - PaísIsraelPaíses ricosPersonalidadesPolíticosTestes nucleares

Mais de Mundo

'É engraçado que Biden não perdoou a si mesmo', diz Trump

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista