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Israel: Lieberman acusa Abbas de ser "terrorista político"

"Abbas é um homem de terrorismo", declarou o chanceler à rádio pública israelense


	O ministro das Relações Exteriores israelense: Lieberman também disse que não teme que a realização de eleições palestinas leve o movimento islamita Hamas ao poder
 (Gali Tibbon/AFP)

O ministro das Relações Exteriores israelense: Lieberman também disse que não teme que a realização de eleições palestinas leve o movimento islamita Hamas ao poder (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 12h51.

Jerusalém - O ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, acusou nesta quinta-feira o Presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de praticar "terrorismo político" contra Israel e de ser mais perigoso do que o movimento islâmico Hamas.

"Abbas é um homem de terrorismo", declarou o chanceler à rádio pública israelense. "Abbas pratica terrorismo político e digo claramente: o terrorismo que ele faz é mais perigoso para nós do que o terrorismo armado do Hamas. É muito mais perigoso porque tudo o que faz Abbas é legitimado por Israel", declarou Lieberman.

O ministro também questionou a legitimidade da autoridade de Abbas (cujo mandato presidencial já não é mais válido) e duvidou que "um homem que não controla a Faixa de Gaza e que durante anos foi incapaz de organizar eleições na Autoridade Palestina" possa "cumprir compromissos" com Israel.

Lieberman também disse que não teme que a realização de eleições palestinas leve o movimento islamita Hamas ao poder, como ocorreu na última votação, realizada em 2006.

"Os palestinos têm direito de escolher sua liderança. Se há uma liderança realista, poderemos negociar com eles. Se elegem o Hamas, saberemos que estamos enfrentando um inimigo", afirmou.

As declarações de Lieberman ocorrem após o chanceler ter enviado uma carta aos representantes do Quarteto de Madri (que impulsionam o estagnado processo de paz) na qual pediu para que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) seja pressionada para realizar eleições gerais, o que tem a intenção de tirar Abbas do poder.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse por meio de porta-vozes que a carta "não representa a posição do primeiro-ministro ou do governo".

A ANP condenou o documento e a classificou como uma intromissão nos assuntos internos palestinos. 

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