Netanyahu: primeiro-ministro considerou que "durante anos, o Conselho demonstrou ser uma organização enviesada, hostil e anti-israelense" (Sebastian Scheiner/Pool via Reuters *** Local Caption ***/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de junho de 2018 às 22h43.
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, felicitou e agradeceu ao governo de Donald Trump por seu anúncio, realizado nesta terça-feira, de que deixa o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas por seu tratamento a seu país.
"Israel agradece ao presidente Trump, ao secretário (Mike) Pompeo e à embaixadora (Nikki) Haley por sua valente decisão contra a hipocrisia e mentiras do chamado Conselho de Direitos Humanos da ONU", declarou o líder israelense em comunicado enviado pelo seu escritório após o anúncio da decisão, já de madrugada em Israel.
Netanyahu considerou que "durante anos, o Conselho demonstrou ser uma organização enviesada, hostil e anti-israelense que traiu sua missão de proteger os direitos humanos" e que "em vez de ocupar-se de regimes que sistematicamente violam os direitos humanos se centra obsessivamente em Israel, a única democracia genuína no Oriente Médio".
A decisão da Casa Branca "de deixar este corpo preconceituoso é uma mensagem inequívoca que já é suficiente", reforçou o chefe do governo israelense.
Pouco antes, em Washington, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, anunciou que seu país se retirava oficialmente do Conselho devido às posturas no órgão de países como China, Venezuela, Cuba e República Democrática do Congo - que, segundo sua opinião, "não respeitam" os direitos humanos - e o "preconceito crônico" deste organismo contra Israel.
Haley afirmou ainda que este órgão "não é digno do seu nome", enquanto o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, presente na entrevista coletiva, rotulou o Conselho como "hipócrita" e acrescentou: "Não duvidamos que sua criação foi com boa fé, mas temos que ser honestos: o Conselho de Direitos Humanos da ONU é um pobre defensor dos direitos humanos".
A retirada dos EUA deste órgão é a última rejeição do país aos compromissos multilaterais depois que nos últimos meses abandonou o Acordo Climático de Paris e o pacto nuclear com o Irã.