O ministro de Assuntos Estratégicos e Inteligência de Israel, Yuval Steinitz: ele se voltou contra a ONU por não ter esclarecido o ocorrido, o que rotulou de "piada" (Scott Eells/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2013 às 07h36.
Jerusalém - O ministro de Assuntos Estratégicos e Inteligência de Israel, Yuval Steinitz, assegurou nesta quinta-feira que os serviços secretos de seu país consideram que as forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, usaram armas químicas ontem, além de ter ressaltado que essa não seria a primeira vez.
"Segundo as estimativas de nossos serviços de inteligência, armas químicas foram usadas e essa não foi a primeira vez", assinalou o ministro israelense em entrevista à rádio pública do país.
Steinitz falava assim das alegações da oposição síria de que pelo menos 1,3 mil pessoas teriam morrido em um ataque com armas químicas nos arredores da capital Damasco.
A denúncia, documentada com imagens, motivou uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que acabou sem um acordo definido sobre o início das investigações dos inspetores da ONU na região.
Por conta deste fato, o ministro israelense se voltou contra a ONU por não ter esclarecido o ocorrido, o que rotulou de "piada", e contra a atuação da comunidade internacional perante a guerra civil na Síria, na qual mais de 100 mil pessoas já morreram desde março de 2011, segundo dados das Nações Unidas.
"O mundo condena, o mundo investiga e o mundo fala (...) Mas, não foi feito nada prático e significativo nos últimos dois anos para deter esse incessante massacre de Assad aos cidadãos", criticou o ministro.
Questionado sobre as mudanças do Exército israelense no Oriente Médio, Steinitz afirmou que a política do país consiste em se manter à margem do conflito, sempre e quando sua segurança não estiver em jogo.