Agência de Notícias
Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 08h44.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta sexta-feira que a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos começará no domingo, enquanto o gabinete de segurança do país já está reunido para dar sinal verde à implementação do cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Assim que o gabinete (de segurança) e o governo derem sua aprovação e o acordo entrar em vigor, a libertação dos reféns ocorrerá segundo o plano previsto, segundo o qual se espera que os (primeiros) reféns sejam libertados no domingo", anunciou o gabinete em um comunicado.
Neste momento está reunido em Jerusalém o gabinete de segurança israelense, composto por um pequeno grupo de ministros e autoridades de segurança, mas não se espera que todo o governo vote o acordo até amanhã à noite, segundo confirmou um funcionário de alto escalão israelense à Agência EFE.
Mais cedo, o primeiro-ministro liderou uma avaliação de segurança sobre a implementação do acordo com a equipe de negociação que retornou de Doha, onde ocorreu a última rodada de negociações.
O governo israelense deveria ter votado ontem a aprovação de um cessar-fogo em Gaza, após mais de 15 meses de guerra, que possibilitará a libertação progressiva dos 94 reféns (vivos e mortos) que ainda estão no enclave a partir deste domingo.
No entanto, Netanyahu acusou ontem o Hamas de tentar obter concessões "de última hora" e de querer incluir na troca prisioneiros palestinos de peso acusados de assassinar israelenses, e decidiu cancelar a votação.
No início desta madrugada, em meio a temores de que o cessar-fogo anunciado na quarta-feira à noite pelo Catar fracassaria, o gabinete de Netanyahu garantiu que as diferenças com o Hamas foram resolvidas por mediadores e que o acordo seguiria adiante.
"A equipe de negociação informou ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que um acordo foi alcançado para libertar os reféns", afirmou o gabinete do premiê em um comunicado divulgado hoje mais cedo, restando agora apenas o sinal verde do governo.