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Israel dispara míssel guiado para alertar Síria

Exército descreveu ação como uma advertência, depois que a munição da luta entre soldados e rebeldes sírios atingiu as Colinas de Golã


	Incidente destacou o temor internacional de que a guerra civil da Síria possa provocar um conflito regional maior
 (Nir Elias/Reuters)

Incidente destacou o temor internacional de que a guerra civil da Síria possa provocar um conflito regional maior (Nir Elias/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 08h08.

São Paulo - Forças israelenses dispararam um míssel guiado contra a Síria no que o exército descreveu como uma advertência, depois que a munição da luta entre soldados e rebeldes sírios atingiu as Colinas de Golã, ocupadas por Israel.

O incidente, descrito pela Rádio Israel como o primeiro engajamento direto das forças armadas sírias no Golã desde a guerra de 1973, destacou o temor internacional de que a guerra civil da Síria possa provocar um conflito regional maior.

Uma fonte de segurança israelense disse que a força armada disparou na direção de uma equipe de morteiro do exército sírio, que havia lançado um foguete que ultrapassou a barreira de Golã no domingo, explodindo perto de um assentamento judaico, sem provocar feridos.

O míssel, conhecido internacionalmente como Spike, pode ser guiado para o seu alvo por um operador que vê uma imagem ao vivo. Não houve vítimas relatadas no que foi evidentemente uma demonstração de poder de fogo.

Em um comunicado, o exército israelense disse que os soldados haviam "disparados tiros de advertência na direção das regiões sírias".

"O IDF (Força de Defesa de Israel) fez uma reclamação junto às forças da ONU operando na região, declarando que os tiros vindo da Síria em direção a Israel não serão tolerados e terão resposta dura", segundo comunicado.

Não houve um comentário imediato da Força Observadora do Desengajamento das Nações Unidas, que patrulha a área, e nenhuma reação da Síria.

A disseminação da violência neste mês, da Síria para o Golã, mexeu com os nervos dos israelenses, temerosos de que o front tranquilo aumentasse as ameaças ao Estado judeu de militantes islâmicos nos vizinhos Líbano, Gaza e Sinai do Egito.

Há temores similares na Turquia, Jordânia e Líbano sobre incidentes em suas próprias fronteiras com a Síria, onde forças leais ao presidente Bashar al-Assad vêm combatendo rebeldes há 19 meses.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, falando antes do ataque em Golã no domingo, disse a seu gabinete de Israel, que estava "acompanhando de perto o que está acontecendo em nossa fronteira com a Síria... e (está) preparado para qualquer desdobramento".

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