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Israel desafia trégua e ataca localizações do Hamas em Gaza

Uma trégua mediada pelo Egito que interrompeu os conflitos entre Israel e militantes de Gaza não parece imediatamente ameaçada pela explosão

Não houve relatos de mortes em qualquer um dos lados (Reuters/Agência Brasil)

Não houve relatos de mortes em qualquer um dos lados (Reuters/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 16 de junho de 2021 às 11h35.

Um avião israelense atingiu localizações do Hamas em Gaza nesta quarta-feira, após balões incendiários serem lançados do enclave palestino, no primeiro ataque desse tipo desde que um frágil cessar-fogo encerrou 11 dias de conflitos no último mês.

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A violência é um teste ao governo do novo primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, cuja coalizão chegou ao poder no domingo com a promessa de focar em questões socioeconômicas e evitar escolhas sensíveis de políticas em relação aos palestinos.

Uma trégua mediada pelo Egito que interrompeu os conflitos entre Israel e militantes de Gaza não parece imediatamente ameaçada pela explosão. Os ataques aéreos de Israel durante a noite deram lugar à calmaria pela manhã.

Não houve relatos de mortes em qualquer um dos lados.

A violência acontece depois de uma marcha de nacionalistas judeus em Jerusalém Oriental na terça-feira, que havia atraído ameaças de ação por parte do Hamas, o grupo militante no comando de Gaza.

O Exército israelense disse que a sua aeronave atacou complexos armados do Hamas na cidade de Gaza na cidade de Khan Younis, ao sul, e estava "pronto para qualquer cenário, incluindo novos conflitos, diante dos contínuos atos terroristas que emanam de Gaza".

O Exército afirmou que os ataques foram resposta ao lançamento de balões carregados com materiais incendiários, que, segundo o corpo de bombeiros israelense, causou 20 incêndios em comunidades próximas à fronteira com Gaza.

Um porta-voz do Hamas, confirmando os ataques de Israel, disse que os palestinos continuariam a buscar sua "resistência corajosa e a defesa dos seus direitos e locais sagrados" em Jerusalém.

Mas analistas sugerem que o Hamas se absteve de atirar foguetes no momento da marcha e depois dos ataques de Israel para evitar escaladas de violência em Gaza, que foi devastada pelos bombardeios aéreos de maio.

"(O cessar-fogo) é muito frágil. A calmaria de momento pode dar aos egípcios a chance de tentar consolidá-la", disse Talal Okal, um analista em Gaza.

A Rádio do Exército de Israel informou que Israel havia informado mediadores egípcios que o envolvimento direto do Hamas no lançamento dos balões colocaria em risco negociações de uma trégua em longo prazo. Autoridades israelenses não confirmaram imediatamente aquela reportagem.

Horas antes dos ataques noturnos, milhares de israelenses com bandeiras se reuniram em torno do Portão de Damasco, na Cidade Velha de Jerusalém, antes de se dirigirem ao sagrado Muro Ocidental do Judaísmo, atraindo raiva e condenação de palestinos.

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