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Netanyahu diz que Israel está em guerra após ataques do Hamas

Braço armado do grupo palestino afirma ter disparado mais de 5 mil foguetes nas primeiras horas deste sábado; ao menos 22 pessoas morreram

Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu. (Lior Mizrahi/Getty Images)

Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu. (Lior Mizrahi/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 7 de outubro de 2023 às 08h54.

Última atualização em 7 de outubro de 2023 às 08h58.

Mais de 5 mil foguetes foram lançados no sábado a partir da Faixa de Gaza contra Israel, segundo o braço armado do Hamas, que declarou ter lançado a operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O exército israelense afirmou também que um "número indeterminado de terroristas" se infiltrou no território a partir da Faixa de Gaza. Segundo os serviços de emergência de Israel, ao menos 22 pessoas morreram e 545 ficaram feridas.

Após os ataques, o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que seu país está em guerra contra o Hamas:

— Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu — diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.

O primeiro ministro classificou o ataque surpresa do Hamas como "criminoso" e anunciou ter ordenado "uma ampla mobilização" de reservistas.

“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o grupo. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”

“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israelitas “estão a lutar contra o inimigo”.

Os foguetes foram lançados de vários locais de Gaza a partir das 06h30 (03h30 GMT) e continuaram quase meia hora depois, indicou o repórter da AFP. “Os residentes na área em redor da Faixa de Gaza foram convidados a permanecer nas suas casas”, disse o exército israelense num comunicado anunciando a infiltração.

As forças armadas israelitas relataram a ativação de sirenes no sul do país, enquanto a polícia pedia ao público que permanecesse perto de abrigos antiaéreos. Israel mantém um duro bloqueio contra a Faixa de Gaza desde que o grupo militante Hamas assumiu o poder em 2007. Desde então, ocorreram vários conflitos entre militantes palestinos e Israel.

Centenas de palestinos da Faixa de Gaza abandonaram este sábado as suas casas para se afastarem das zonas fronteiriças com Israel, depois da ofensiva do Hamas ter sido lançada, confirmou um repórter da AFP.

Infiltração com ajuda de parapentes

O exército israelita disse este sábado que luta contra militantes de Gaza que se infiltraram por terra, mar e ar com a ajuda de parapentes, depois de centenas de foguetes terem sido lançados a partir do enclave palestiniano.

— Houve um ataque combinado com a ajuda de parapentes —, disse o porta-voz do exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, a repórteres. — Neste momento estamos a combater em diferentes pontos da Faixa de Gaza (…) as nossas forças estão a combater no terreno em Israel.

—Claro que há feridos —, disse também, sem maiores detalhes.

O exército israelita começou a realizar ataques aéreos na Faixa de Gaza. Os militares israelitas confirmaram num comunicado que “dezenas” dos seus caças estavam “atacando vários alvos” do Hamas no enclave costeiro.

O porta-voz se recusou a comentar relatos de que vários israelenses foram capturados por combatentes palestinos. Disse ainda que milhares de reservistas serão convocados para operar em Gaza, bem como no norte do país, perto das fronteiras com o Líbano e a Síria, e na Cisjordânia ocupada.

— Estamos procurando por toda parte (...) isso é algo grande —, alertou o porta-voz.

Pelo menos 2.200 foguetes foram disparados de Gaza até as 10h30, horário local (07h30 GMT), disse Hecht. O braço armado do grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, falou em 5.500 projéteis.

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