O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, reúne-se com o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, no Pentágono, em 25 de junho de 2024 (Andrew Harnik/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 13h36.
Última atualização em 29 de outubro de 2024 às 13h48.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, já colocou em sua mira nesta terça-feira o novo secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, cuja nomeação foi anunciada hoje mais cedo pelo grupo xiita, com uma breve mensagem na rede social X: “Nomeação temporária. Não por muito tempo".
A mensagem acompanha uma fotografia de Qassem, até agora número 2 da organização libanesa e que foi proclamado hoje sucessor do clérigo Hassan Nasrallah, assassinado em um ataque surpresa de Israel no último dia 27 de setembro.
Qassem, cuja localização é desconhecida, foi nomeado vice-líder do Hezbollah em 1991, quando Nasrallah ainda não era o líder do grupo.
O novo líder do Hezbollah tem sido considerado um dos principais porta-vozes do grupo xiita e a figura de mais alto nível que já deu entrevistas à imprensa estrangeira.
Sua nomeação é divulgada depois de, na semana passada, o Hezbollah ter confirmado a morte de Hashem Safi al Din, chefe do Conselho Executivo da formação e considerado um dos principais candidatos à sucessão de Nasrallah, também em um ataque israelense.
Depois de mais de um ano de fogo cruzado com a milícia (que começou a lançar foguetes e drones contra o norte do país um dia depois dos ataques do Hamas em 7 de outubro), Israel iniciou há um mês uma intensa campanha de bombardeios contra o sul e o leste do Líbano, e contra os subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah conhecido como Dahye.
Os ataques decapitaram a liderança do grupo xiita, considerado o satélite mais poderoso do Irã, mataram mais de mil pessoas e obrigaram 1 milhão de libaneses a fugir.
O porta-voz internacional do Exército israelense, Nadav Shoshani, também enviou uma mensagem de “boas-vindas” a Qassem, recordando a morte nesta manhã de um jovem de 24 anos no norte de Israel após o lançamento de uma barragem de foguetes procedentes do Líbano contra a região da Galiléia.
“Em seu primeiro dia como líder do Hezbollah, Naim Qassem já é responsável pela morte de um civil inocente”, disse Shoshani em sua conta no X.
Desde o início da escalada da guerra israelita contra o Hezbollah, pelo menos sete civis foram mortos no norte de Israel por ataques do grupo.