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Israel bombardeia escola usada como abrigo da ONU em Gaza

Exército de Israel bombardeou uma escola da ONU no centro de Gaza, onde cerca de mil pessoas haviam buscado abrigo

Forças de segurança israelenses lançam morteiro na Faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters)

Forças de segurança israelenses lançam morteiro na Faixa de Gaza (Amir Cohen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 10h49.

Gaza - O exército de Israel bombardeou nesta terça-feira uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) no centro de Gaza, onde cerca de mil pessoas haviam buscado abrigo.

Testemunhas confirmaram à Agência Efe que não houve que lamentar vítimas já que o diretor desta escola, que faz as vezes de albergue, tinha ordenado o despejo horas antes devido à situação de segurança pela presença no terreno das tropas israelenses.

O impacto, que destruiu parte de um dos edifícios principais do complexo, aconteceu quando nas proximidades da escola havia pessoal humanitário da UNRWA calibrando a situação no terreno.

O exército bombardeou ontem à noite dezenas de prédios civis, o que transgride o direito internacional humanitário, além de várias mesquitas, enquanto na segunda-feira bombardeou um hospital na cidade de Deir al-Balah, no centro, onde causou a morte a quatro pessoas.

Desde que iniciou sua ofensiva contra a Faixa, no dia 8 de julho, cerca de 600 palestinos já morreram, na maioria civis, e mais de 3 mil ficaram feridos.

A incursão terrestre, empreendida na quinta-feira passada, levou à morte de 27 soldados israelenses, e mais de 100 mil pessoas abandonaram suas casas, segundo registros da UNRWA.

Em comunicado divulgado ontem à noite, Chris Gunness, porta-voz do organismo na zona, informou, além disso, que já são 69 os albergues-escola que a UNRWA se viu obrigada para dar cobertura a todos os que se viram obrigados a deixar suas casas.

Outras fontes elevam bastante o número, já que muitos palestinos deixaram suas casas para se refugiar com parentes em outra região enquanto outros muitos tiveram que buscar proteção nos jardins dos hospitais.

"Esse é um momento decisivo para a UNRWA, já que o número de pessoas buscando asilo já é o dobro do que houve durante o conflito de 2009", no que Israel também entrou por terra na Faixa, afirmou.

"Estamos sendo testemunhas de um enorme e acelerada onda de refugiados devido à ofensiva terrestre israelense. É da máxima importância que as duas partes em conflito cumpram de forma escrupulosa suas obrigações em relação ao direito internacional humanitário", acrescentou.

A parte das escolas da UNRWA, os moradores de Gaza não têm outro lugar para fugir, já que Israel impõe um assédio militar por terra e mar sobre a Faixa, e o Egito mantém fechada a única passagem que liga Gaza ao resto do mundo.

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