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Israel aprovará maior mobilização em décadas

Uma porta-voz do Ministério da Defesa consultada pela Efe recusou especificar se o número chegará a 75 mil, como revelam os principais veículos de imprensa locais


	Helicóptero do Exército israelense: Uma soldado disse que ''bases inteiras ficaram vazias'' para deslocar forças à fronteira
 (David Buimovitch/AFP)

Helicóptero do Exército israelense: Uma soldado disse que ''bases inteiras ficaram vazias'' para deslocar forças à fronteira (David Buimovitch/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 17h44.

Jerusalém - Israel aprovará nesta sexta-feira a mobilização de 75 mil reservistas como parte da ofensiva ''Pilar Defensivo'', em um aparente passo em direção a uma invasão terrestre a Gaza, informou a imprensa local.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, havia aprovado horas antes, após a queda de foguetes perto de Jerusalém e Tel Aviv, um pedido especial do exército de ampliar o alistamento de reservistas acima de 30 mil combatentes, aos quais tinha dado sinal verde ontem.

Uma porta-voz do Ministério da Defesa consultada pela Efe recusou especificar se o número chegará a 75 mil, como revelam os principais veículos de imprensa locais.

Caso se concretize, este seria o maior número de reservistas mobilizados em décadas, e muito acima dos que o foram na guerra com o Hezbollah em 2006 e na ofensiva Chumbo Fundido em Gaza, dois anos depois.

O canal 10 da televisão israelense informou que até agora foram mobilizados cerca de 20 mil reservistas, mas que é esperada a chegada de milhares de combatentes até amanhã.

Uma soldado entrevistada pela Efe disse que ''bases inteiras ficaram vazias'' para deslocar forças à fronteira.

O comentarista militar do canal 10, Alon Ben David, explicou que ''não vê uma situação com 70 mil soldados israelenses dentro de Gaza'', número que segundo ele seria necessário em caso de tentativa de derrubar o governo do movimento islamita Hamas, no poder na faixa desde 2007.

Por enquanto, advertiu, ''este não é um dos objetivos definidos para a operação''.


A possível mudança de postura no governo israelense se deve aos últimos ataques das milícias palestinas contra grandes cidades no coração de Israel, entre elas Tel Aviv e Jerusalém.

Nenhuma das duas sofreu o impacto de foguetes - caíram no mar ou a quilômetros de distância -, mas comandantes militares e o governo consideram inadmissível que, na Faixa, sejam disparados foguetes de longo alcance, os quais Israel vê como ''uma ameaça estratégica''.

Enquanto é esperada a decisão de se ampliar ou não a mobilização de reservistas, o exército informou que toda a região ao redor de Gaza foi declarada como ''zona militar'', e as estradas estão cortadas, outro indício de uma iminente invasão ''ou de um sinal'' para convencer o Hamas a cessar seus ataques, segundo os comentaristas.

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