Vista de assentamento próximo a Jerusalém: Organização de Libertação da Palestina (OLP) acusou Israel de tentar levar ao fracasso as conversações de paz (Ammar Awad /Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2014 às 21h41.
Jerusalém - A prefeitura de Jerusalém aprovou nesta quarta-feira planos de construção de 184 novas casas em dois assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, o que causou revolta entre os palestinos envolvidos nas vacilantes conversações de paz sobre um Estado.
Uma porta-voz da municipalidade disse que o comitê local de planejamento aprovou pedidos de empreiteiros privados que adquiriram a terra anos atrás para a construção de 144 casas em Har Homa e 40 moradias em Pisgat Zeev.
Hanan Ashrawi, integrante da cúpula da Organização de Libertação da Palestina (OLP), acusou Israel de tentar levar ao fracasso as conversações de paz nas quais uma das questões cruciais é o futuro dos assentamentos construídos em terras em que os palestinos querem estabelecer seu Estado.
"Ficou evidente que Israel tem feito tudo o que é possível para destruir as negociações em andamento e provocar violência e extremismo por toda a região", disse Hanan em um comunicado.
Israel diz que a recusa palestina em reconhecê-lo como um Estado judaico é o principal entrave. Líderes palestinos afirmam que reconheceram Israel nos acordos interinos de paz e que não há necessidade de eles reconhecerem seu caráter judaico.
As colônias judaicas de Har Homa e Pisgat Zeev ficam em uma parte da Cisjordânia que Israel anexou a Jerusalém depois de ocupar o território na Guerra dos Seis Dias, em 1967. A anexação não é reconhecida internacionalmente.