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Israel afirma que reféns começarão a ser libertados pelo Hamas na sexta-feira

Antes, a mídia israelense havia reportado que a liberação começaria já na quinta-feira, quando começará a valer a trégua

Netanyahu: próximos dias serão "repletos de momentos de alívio e momentos de dor (Kena Betancur/Getty Images)

Netanyahu: próximos dias serão "repletos de momentos de alívio e momentos de dor (Kena Betancur/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de novembro de 2023 às 10h37.

O Conselho de Segurança Nacional de Israel anunciou, nesta quarta-feira, que nenhum refém será libertado antes desta sexta-feira. O anúncio ocorre após Israel aprovar, na madrugada de quarta-feira (noite de terça no Brasil), um acordo para a libertação dos capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, em troca de um cessar-fogo de quatro dias em Gaza e da libertação de 150 prisioneiros palestinos, priorizando mulheres e crianças.

A informação foi revelada por Tzachi Hanegbi, chefe do Conselho de Segurança Nacional, que garantiu que o estágio de libertação do acordo de cessar-fogo com o Hamas prosseguiria como planejado e que a primeira parcela de reféns israelenses seria libertada na sexta-feira.

Antes, a mídia israelense havia reportado que a liberação começaria já na quinta, quando começará a valer a trégua. Em entrevista à rádio do Exército israelense, o ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, disse esperar que os primeiros reféns fossem liberados ainda na quinta-feira, mas se negou a confirmar a informação de que o processo começaria no horário indicado pelo Hamas, às 10h (5h em Brasília).

O anúncio também ocorreu após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmar em uma coletiva de imprensa em Tel Aviv que a Cruz Vermelha seria autorizada a entrar em Gaza para visitar os reféns que ainda aguardam ser liberados. Entretanto, a Cruz Vermelha havia emitido um comunicado na manhã desta quarta-feira, afirmando que não foi informada sobre os planos, os quais envolvem diretamente seu pessoal.

Na mesma coletiva, Netanyahu afirmou que a guerra contra o Hamas continua, apesar da trégua.

Pouco antes da coletiva de Netanyahu começar, o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari, disse que o Exército está se preparando para a implementação do acordo, descrevendo-o como um "processo complexo que pode levar tempo" e que envolve várias etapas. Os próximos dias serão "repletos de momentos de alívio e momentos de dor", disse ele, alertando que também podem incluir "tentativas de realizar terror psicológico, direcionado contra nós pelas organizações terroristas".

Na madrugada desta quarta-feira (noite de terça no Brasil), Israel aprovou um aguardado acordo de cessar-fogo temporário com o Hamas. O principal aspecto da negociação, mediada pelo Catar, foi a liberação imediata de reféns capturados pelo grupo terrorista no ataque de 7 de outubro, quando foram mortas 1,2 mil pessoas, em sua maioria civis, em Israel. Os termos aceitos pelos dois lados do conflito impõem que o Hamas deve liberar 50 reféns em troca de 150 presos palestinos.

Hamas e Israel afirmaram que apenas mulheres e menores serão incluídos na troca, negando-se a negociar a soltura de militares e combatentes inimigos. De acordo com um comunicado emitido pelo governo israelense, 30 menores de idade e 20 mulheres (oito delas, mães) serão liberados pelo grupo terrorista.

Em contrapartida, o Ministério da Justiça de Israel divulgou uma lista com os nomes de 300 prisioneiros palestinos detidos no país para uma espécie de consulta pública, a fim de ouvir a população sobre impedimentos a liberação deles. Os 150 primeiros presos liberados devem sair desta lista após as contestações

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