Soldados israelenses em cima de um tanque em uma área de preparação, perto da fronteira com a região central de Gaza (REUTERS / Darren Whiteside)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2012 às 05h55.
Jerusalém - O Governo israelense decidiu adiar o início de uma incursão terrestre na Faixa de Gaza para dar tempo aos esforços de mediação destinados a alcançar um cessar-fogo, informa nesta terça-feira a imprensa local.
A decisão foi tomada pelo Gabinete de Segurança, integrado pelos nove principais ministros israelenses, que analisaram até a madrugada se aceitavam a proposta egípcia de trégua ou se apostavam em outras opções em sua ofensiva batizada de "Pilar Defensivo".
Ao término da reunião não houve comunicados oficiais, mas a imprensa israelense destaca hoje que a decisão de adiar a entrada por terra na Faixa de Gaza se deve à forte pressão que está sendo exercida sobre o Governo de Benjamin Netanyahu, especialmente por parte de Washington, para que busque uma saída para o conflito.
A ofensiva militar entra hoje em seu sétimo dia e já deixou um balanço de mais de 100 palestinos mortos e mil feridos, a metade deles civis. Por outro lado, três civis israelenses já morreram desde a última quarta-feira.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegará hoje a Israel, onde se reunirá com Netanyahu e com o presidente israelense, Shimon Peres, antes de deslocar-se à cidade de Ramala, na Cisjordânia, para um encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Além disso, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, deverá chegar hoje à região para apoiar os esforços de mediação internacionais e reunir-se com o chefe do Governo israelense e o líder palestino, segundo a imprensa local.
O Egito espera que Israel e o movimento palestino Hamas alcancem uma trégua nas próximas 72 horas, segundo informou à Agência Efe uma fonte dos serviços secretos egípcios.
A fonte, que pediu anonimato, explicou que há uma aproximação entre os dois lados quanto à proposta de cessar-fogo apresentada ontem por uma delegação israelense ao corpo de inteligência egípcio.
Israel é partidário de uma trégua duradoura e que o Egito seja o fiador do seu cumprimento, enquanto as facções armadas palestinas, lideradas pelo Hamas, pedem o fim dos bombardeios e dos ataques seletivos e o levantamento do bloqueio a Gaza.