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Islândia quer vender cigarros apenas com receita médica

Projeto de lei restringe a venda apenas a pessoas que provarem não conseguir largar o vício e proíbe a comercialização para menores de 20 anos

Se o projeto de lei for aprovado na Islândia, o fumo em locais públicos e perto de crianças será proibido (Getty Images)

Se o projeto de lei for aprovado na Islândia, o fumo em locais públicos e perto de crianças será proibido (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de setembro de 2011 às 00h41.

São Paulo – O cerco contra o tabaco está se fechando na Islândia. O país, que já impede que os cigarros fiquem à mostra nas bancadas dos estabelecimentos comerciais, quer restringir a venda a somente pessoas com receita médica.

O projeto de lei, que deve ser votado pelo parlamento em Reykjavik, prevê a proibição da venda de cigarros para menores de 20 anos e restringe a venda a pessoas que provem que não conseguem largar o vício. Com isso, somente as farmácias teriam permissão para vender cigarros.

Todo fumante teria que ser acompanhado por um médico, que ajudaria o paciente a largar o vício. Aqueles que não conseguissem interromper o uso rapidamente receberiam uma prescrição médica que autorizaria a compra de cigarros.

A proposta faz parte de um plano de 10 anos que visa banir o fumo de todos os lugares públicos (incluindo locais abertos) e carros onde as crianças estão presentes.

Apesar de radical, a intenção é boa, já que 20% das mortes anuais no país são em decorrência do fumo. Além de ajudar as pessoas a parar de fumar, o projeto visa evitar que crianças e adolescentes comecem a fumar.

Além dos consumidores e dos vendedores, os fabricantes também serão afetados, caso o projeto seja implementado. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o país quer fazer com que os produtores de cigarros comercializem o produto embalado em pacotes lisos, de cor marrom, sem imagem da marca, como é feito na Austrália.

O governo quer que a nicotina seja classificada como substância viciante, como as outras drogas, e ainda pretende que o cigarro seja considerado “medicamento”. Assim, ele teria que passar pelos mesmos rigorosos critérios de fabricação.

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