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Islamitas egípcios convocam manifestação

Coalizão islâmica convocou uma manifestação para abertura do julgamento do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi


	Egito: aliança convoca "todas as pessoas livres no Egito e em outros lugares a apoiar a vontade revolucionária contra o golpe militar"
 (AFP)

Egito: aliança convoca "todas as pessoas livres no Egito e em outros lugares a apoiar a vontade revolucionária contra o golpe militar" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 11h32.

Cairo - Uma coalizão islâmica convocou nesta quinta-feira uma manifestação para o dia 4 de novembro, na abertura do julgamento do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi, levantando temores de uma nova onda de violência.

Mursi, mantido em isolamento desde o golpe militar em 3 de julho, e outras 14 pessoas, devem se apresentar ao tribunal do Cairo para responder por "incitação ao assassinato" de manifestantes.

A Aliança anti-Golpe de Estado, coalizão pró-Mursi liderada pela Irmandade Muçulmana, "observa que os organizadores do golpe tentam quebrar a vontade do povo e da revolução" julgando Mursi, segundo um comunicado.

A aliança convoca "todas as pessoas livres no Egito e em outros lugares a apoiar a vontade revolucionária contra o golpe militar", acrescentando que todas as ações devem ser, "como sempre foram, nos limites pacíficos que definem a nossa abordagem e a nossa estratégia".

O presidente deposto será julgado pela morte de sete pessoas em dezembro de 2012 em confrontos entre manifestantes pró e anti-Mursi, ocorrido após a dispersão de um protesto da oposição.

A Irmandade Muçulmana havia indicado que a maioria das vítimas eram islamitas, uma afirmação contestada pela oposição.

O julgamento levanta temores de novos episódios de violência entre as forças de segurança e partidários de Mursi.

Em 6 de outubro, pelo menos 57 pessoas foram mortas, a maioria no Cairo, durante confrontos entre as duas forças.

Este é o maior número de mortos desde a semana de repressão sangrenta, que começou no dia 14 de agosto, quando soldados e policiais dispersaram violentamente duas manifestações pró-Mursi no Cairo.

Desde então, os militares e a polícia mataram mais de mil manifestantes pró-Mursi, prenderam mais de 2.000 membros da Irmandade Muçulmana, a quase totalidade de seus líderes, proibindo suas atividades e congelando seus bens.

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