Membro da Irmandade Muçulmana em protesto no Egito: grupo convocou esses protestos em rejeição ao processo, que considera inválido (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 12h31.
Cairo - A Coalizão em Defesa da Legitimidade, dominada pela Irmandade Muçulmana, nesta segunda-feira seus simpatizantes a sair em massa na próxima quarta-feira por conta da segunda sessão de julgamento do deposto presidente Mohamed Mursi por instigar o assassinato de manifestantes.
O grupo convocou esses protestos em rejeição ao processo, que considera inválido, sob o lema "o povo defende seu presidente".
Em comunicado, a aliança chamou a atenção sobre o fato de que coincidem no espaço de poucos dias a celebração do Natal ortodoxo e o aniversário do profeta Maomé (Maulid al Nabaui), o que, segundo sua opinião, representa uma "forte mensagem revolucionária".
Enquanto isso, um dos filhos do ex-presidente, deposto pelo Exército em 3 de julho, Osama Mursi, denunciou hoje que as visitas a seu pai na prisão de Burg al Arab, junto a Alexandria, foram proibidas pelas autoridades.
Segundo a coalizão, a promotoria informou à equipe legal de Mursi que foram proibidas as visitas ao ex-presidente por causa de "problemas de segurança", o que, para seu filho Osama, equivale a seu "sequestro" pelas autoridades.
Por outro lado, a campanha "Nulo" ("Bote") chamou os manifestações a saírem e ocuparem, na quarta-feira, todas as praças do Egito ao considerar o julgamento inválido.
Para este grupo, que divulgou um comunicado através do Facebook, "os revolucionários de 25 de janeiro de 2011 estão no mesmo abismo de torturas, maus-tratos, prisão e assassinatos por parte da autoridade".