Confrontos entre partidários e opositores ao presidente deposto Mohamed Mursi e entre pró-Mursi e a polícia foram registrados nesta sexta-feira em todo o Egito (AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2013 às 10h06.
Riad - Um novo grupo islâmico anunciou sua formação no Egito, chamando a expulsão do exército do presidente Mohamed Mursi de uma declaração de guerra contra a sua fé e ameaçando usar de violência para impor a lei islâmica.
Ansar al-Sharia disse, na sexta-feira no Egito, que vai reunir os braços e começar a treinar seus membros, em um comunicado publicado em um fórum online para os militantes na região de Sinai do país e gravado pela organização de vigilância SITE.
O movimento do exército, que foi apoiado por manifestações de massa em todo o Egito, tem levantado temores islamitas que poderiam levar à deserção de grupos oficialmente reconhecidos como a Irmandade Muçulmana de Mursi e passar para movimentos mais militantes.
A saída de Mursi já provocou violência. Pelo menos 24 pessoas morreram e islamitas tomaram as ruas do Cairo e de outras cidades na sexta-feira para manisfestar ira com o que eles dizem que foi um golpe militar.
Mursi foi eleito presidente no ano passado após uma revolução popular que depôs o líder veterano Hosni Mubarak. O exército nomeou um líder provisório e anunciou um plano de transição sem prazo para eleições. Também prendeu altos membros da Irmandade Muçulmana e fechou estações de televisão islâmicas.