Manifestante pró-Mursi: presidente eleito democraticamente foi derrubado por militares em 3 de julho, e desde então os partidários da Irmandade vêm sendo reprimidos pelo governo instalado (Khaled Abdullah/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 10h09.
Cairo - A Irmandade Muçulmana denunciou nesta quinta-feira como "risíveis" as acusações de terrorismo e conspiração com grupos estrangeiros imputadas pelas autoridades egípcias contra o ex-presidente Mohamed Mursi e outros ativistas islâmicos.
Além disso, a Irmandade reiterou o apelo para que todos os países pressionem o Egito a libertar Mursi, um dia depois de um promotor ordenar que ele e outros 35 dirigentes da Irmandade sejam submetidos a julgamentos que podem resultar inclusive na pena de morte.
O promotor declarou que esse é "o maior processo de conspiração na história do Egito", e detalhou um "plano terrorista" que remonta a 2005 e envolveu o grupo palestino Hamas, o governo xiita do Irã e seu aliado libanês, a milícia Hezbollah.
A data do julgamento ainda não foi marcada.
Em nota divulgada em Londres nesta quinta-feira, a Irmandade rejeita as acusações como sendo "um novo episódio dos crimes do golpe militar contra o povo egípcio".
Mursi, presidente eleito democraticamente, foi derrubado por militares em 3 de julho, e desde então os partidários da Irmandade vêm sendo reprimidos pelo governo instalado pelos militares.