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Irmandade Muçulmana nomeia novo guia após prisão de Badia

O líder do grupo, Mohammed Badia, foi detido nesta madrugada ao lado de outro membro da Irmandade, Talat Yousse


	Mohammed Badia: depois da ação a bolsa egípcia registrou uma alta imediata e ganhou cerca de US$ 500 milhões
 (Gianluigi Guercia)

Mohammed Badia: depois da ação a bolsa egípcia registrou uma alta imediata e ganhou cerca de US$ 500 milhões (Gianluigi Guercia)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 07h50.

Cairo - A Irmandade Muçulmana nomeou provisoriamente Mahmoud Izzat como seu novo guia espiritual após a detenção do líder do grupo, Mohammed Badia, segundo a televisão estatal egípcia.

Badia foi detido nesta madrugada ao lado de outro membro da Irmandade, Talat Youssef, em um apartamento no bairro de Cidade Nasser, próximo da praça Rabea al Adauiya, onde os islamitas estavam acampados até a operação policial de quarta-feira passada que desalojou a vigília. Na ação da semana passada, centenas de pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

Segundo as normas internas da Irmandade, o vice-guia espiritual -que neste caso é Izzat- deve substituir o líder em casos de viagens para fora do país, doença ou qualquer motivo de emergência.

A detenção do líder espiritual foi coordenada por unidades da Segurança Central e Nacional, com participação de membros das forças especiais.

Na ação, os agentes cercaram o edifício, verificaram que Badia se encontrava em seu interior e invadiram o apartamento.

Em seu site, a televisão estatal egípcia mostrou fotografias em que Badia aparece visivelmente cansado, vestido com uma galabiya (túnica) branca e escoltado por agentes de segurança.

A televisão estatal informou que depois da ação a bolsa egípcia registrou uma alta imediata e ganhou cerca de US$ 500 milhões.

O grupo islâmico denunciou ontem a detenção de pelo menos 400 de seus dirigentes nos três dias anteriores. Além disso, a Irmandade acusou as autoridades egípcias de terem torturado e carbonizado 36 dos detidos quando eram transferidos no domingo para uma prisão.

Desde quarta-feira passada, com o desmantelamento dos acampamentos, a violência se alastrou pelo país, onde os islamitas organizam manifestações diárias contra a destituição do presidente Mohammed Mursi em 3 de julho pelo Exército. 

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