Centro de Dublin, capital da Irlanda: ajuda ao País vai sair caro para o país (Wikimedia Commons/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2010 às 09h35.
Dublin - O resgate de até 90 bilhões de euros à Irlanda vai sair caro para o país. Em troca do pacote, o governo será obrigado a cortar gastos equivalentes a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), o que promete ter um impacto profundo na recuperação imediata da economia. Cerca de 20 mil funcionários públicos podem ser demitidos e o salário mínimo deve ser reduzido.
Ontem, o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, deixou claro que o dinheiro não seria entregue sem algumas condições. “A Irlanda terá de atender a certas exigências e essas condições serão negociadas nos próximos dias. A meta é de que não apenas um dinheiro seja dado, mas que os problemas sejam resolvidos”, disse.
O pacote deve ganhar seu formato final nos próximos dias. Mas já se sabe que, se a Irlanda não cumprir os requisitos estipulados, o Fundo Monetário Internacional (FMI) terá o direito de intervir a cada trimestre como faz no caso grego e exigir mudanças em leis e novas medidas de austeridade fiscal.
“As autoridades europeias concordaram com nosso pedido. Um processo formal de negociação começará nos próximos dias”, afirmou o primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen. “Espero que um acordo seja concluído em breve”, completou. Para os europeus, porém, parte da negociação depende explicitamente do que os irlandeses farão para reduzir seu déficit de 11,6% do PIB em 2010 para 3% em 2014.
O governo promete cortes de gastos de 6 bilhões em 2011 e mais 9 bilhões de euros entre 2012 e 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.