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Irlanda do Norte relembra 25º aniversário do atentado de Omagh

Em 15 de agosto de 1998, um carro-bomba detonado por uma facção dissidente da organização paramilitar IRA matou 29 pessoas e deixou 220 feridos

Placa de homenagem às vítimas do atentado no centro da cidade de Omagh (AFP/AFP)

Placa de homenagem às vítimas do atentado no centro da cidade de Omagh (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 13 de agosto de 2023 às 14h36.

Última atualização em 13 de agosto de 2023 às 14h54.

Sobreviventes, familiares das vítimas e lideranças políticas se reúnem neste domingo, 13, para relembrar o 25º aniversário do ataque de Omagh, o conflito mais letal na Irlanda do Norte, em um momento de crescentes tensões nesta província britânica.

Uma associação de vítimas organizou uma cerimônia pública hoje, nesta pequena cidade de pouco mais de 20.000 habitantes. Outro evento acontece na terça-feira, reservado para familiares das vítimas, entre católicos e protestantes, assim como dois turistas espanhóis.

Em 15 de agosto de 1998, um carro-bomba detonado por uma facção dissidente da organização paramilitar Exército Republicano Irlandês (IRA) matou 29 pessoas e deixou 220 feridos no centro de Omagh, uma cidade 110 km ao oeste de Belfast, capital norte-irlandesa.

Atentando chocou Irlanda do Norte

Este atentado aconteceu apenas quatro meses depois da assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa para pôr fim a três décadas de um conflito que deixou mais de 3.000 mortos entre unionistas (pró-britânicos e maioritariamente protestantes) e republicanos (católicos) que reivindicavam a unificação com a República da Irlanda.

O ataque de Omagh chocou a sociedade da Irlanda do Norte e fortaleceu o processo de paz. Apesar disso, nenhum dos responsáveis foi condenado, passadas mais de duas décadas de investigações, julgamentos e recursos.

O governo britânico anunciou em fevereiro a abertura de uma investigação independente para saber se o ataque poderia ter sido evitado, hipótese considerada "plausível", há dois anos, pelo Tribunal Superior de Belfast.

Bloqueio político

Vinte e cinco anos depois do fim do conflito na Irlanda do Norte, a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) fez ressurgir as tensões na região.

As instituições resultantes do processo de paz estão paralisadas há um ano e meio, devido à recusa do principal partido unionista, o DUP, a aceitar as regras comerciais acordadas no âmbito do Brexit.

Em matéria de segurança, as tensões também aumentaram, após a tentativa de assassinato, em fevereiro, do policial John Cladwell em Omagh, reivindicada pelo Novo IRA. Depois desse atentado, as autoridades elevaram o nível de alerta antiterrorismo.

Esta semana houve dois vazamentos de dados de milhares de polícias, levantando preocupações sobre a segurança dos membros das forças da ordem. O último assassinato de um policial na Irlanda do Norte ocorreu em 2011, em Omagh.

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