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Irlanda apresenta hoje ao Parlamento projeto de cortes

O primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, apresentará o projeto de cortes orçamentários avaliados em 15 bilhões de euros

Brian Cowen tem a menor popularidade de um premiê em 88 anos na Irlanda (Getty Images)

Brian Cowen tem a menor popularidade de um premiê em 88 anos na Irlanda (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 08h08.

São Paulo - Abalado pela menor popularidade de um premiê em 88 anos, o primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, apresentará hoje ao Parlamento o projeto de cortes orçamentários avaliados em 15 bilhões de euros. O programa de austeridade visa reduzir o déficit público de 32% a 3% até 2014 e é uma condição imposta pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a liberação do pacote de socorro de até 90 bilhões de euros. 

O projeto seria apresentado por Cowen ontem à noite aos partidos da oposição na expectativa de reduzir a pressão política. À noite, as primeiras informações publicadas pela imprensa indicavam que o programa de austeridade manteria a política de baixos impostos - que atraiu ao país empresas como Google, Dell e Hewlett-Packard (HP) ao longo dos anos 1990 e 2000 -, um dos pontos mais criticados pela União Europeia. Em contrapartida, o governo anunciaria a redução de 12% do valor da hora de trabalho e o corte de 800 milhões de euros em programas sociais.

A apreciação do projeto de lei orçamentária, prevista para 7 de dezembro, é um foco de tensão e a possibilidade de queda do gabinete de Cowen antes da votação não está afastada, mesmo que o premiê tenha anunciado na segunda-feira a antecipação das eleições para janeiro. À tarde, Cowen veio a público reafirmar sua disposição de permanecer no poder ao longo de dezembro. “Minha única motivação é assegurar que o plano de quatro anos será publicado, como acordado com as pessoas com quem estamos negociando, e que o orçamento passe pelo Parlamento.”

Pesquisa publicada pelo jornal Sunday Independent no fim de semana indica que 63% dos irlandeses aprovam o plano de socorro, mas só 11% apoiam Cowen. No poder desde 1997, o partido governista enfrenta o desgaste causado pela crise e Cowen é apontado como responsável direto pela ameaça de falência do país já que foi ministro das Finanças em 2008. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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