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Iraquianos protestam contra o governo em províncias sunitas

Os iraquianos pedem a libertação de presos políticos e derrogar a lei antiterrorista, entre outras reivindicações


	Soldado no Iraque: províncias como Al-Anbar, Ninawa Salah ad-Din, Diyala e Kirkuk são palco há três meses de grandes protestos dos sunitas contra a marginalização que dizem sofrer.
 (Ahmad al-Rubaye/AFP)

Soldado no Iraque: províncias como Al-Anbar, Ninawa Salah ad-Din, Diyala e Kirkuk são palco há três meses de grandes protestos dos sunitas contra a marginalização que dizem sofrer. (Ahmad al-Rubaye/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h21.

Bagdá - Milhares de iraquianos se manifestaram nesta sexta-feira, em províncias de maioria sunita, para pedir a libertação de presos políticos e derrogar a lei antiterrorista, entre outras reivindicações.

Os protestos aconteceram sob o lema "Não nos renderemos" após a oração do meio-dia nas cidades das províncias de Ninawa, Kirkuk, Salah ad-Din e Diyala, ao norte de Bagdá, na província de Al-Anbar, ao oeste, e nas zonas de maioria sunita da capital iraquiana.

"Contra a vontade (do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki) recuperaremos nossos direitos", ressaltou o imã Qusai al Zein, em seu discurso em uma praça no centro de Ramadi, capital de Al-Anbar.

Por sua vez, o imã, xeque Nuredin al Jabouri, advertiu que "não voltará atrás na sua luta contra o Governo, que violou as honras do povo e está destruindo o país".

Al Jabouri também disse que "o Governo está fracionado e temeroso, e atualmente é mais débil do que nunca por temer a ira dos manifestantes, que estão decididos a marchar rumo a Bagdá".

O organizador das manifestações em Kirkuk, Abu Gazuan el Ezi, afirmou em seu discurso que o povo iraquiano poderá tirar al-Maliki do poder, de confissão xiita, da mesma forma que fez com as forças de ocupação americana, que deixaram o país de forma definitiva em dezembro de 2011.

"Nossos protestos agora são pacíficos, mas amanhã serão de combate", concluiu.

Províncias como Al-Anbar, Ninawa Salah ad-Din, Diyala e Kirkuk são palco há três meses de grandes protestos dos sunitas contra a marginalização que dizem sofrer por parte do Governo central de Bagdá.

Os manifestantes pedem a libertação de presos, que seja corrigido o processo político, exigem uma emenda da lei antiterrorista e pedem um equilíbrio nas instituições do Estado. 

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