Mundo

Iraque vai comprar 36 caças F-16 dos EUA

Anúncio do acordo vem num momento em que Iraque e EUA discutem a possível permanência de algumas tropas americanas no país membro da Opep

Tropas americanas no Iraque: violência no país diminuiu desde os dias sangrentos do conflito sectário em 2006-2007 (Warrick Page/Getty Images)

Tropas americanas no Iraque: violência no país diminuiu desde os dias sangrentos do conflito sectário em 2006-2007 (Warrick Page/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2011 às 17h42.

Bagdá - O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki disse neste sábado que seu governo vai comprar 36 caças F-16 dos Estados Unidos, duplicando o número inicialmente previsto para reforçar sua frágil defesa aérea.

O anúncio do acordo vem num momento em que Iraque e EUA discutem a possível permanência de algumas tropas americanas no país membro da Opep, após a retirada planejada dos soldados no final do ano.

"Uma delegação da Força Aérea do Iraque, juntamente com os conselheiros vão viajar para rever o contrato e incluir um número maior do que o contrato inicial ... Vamos fazer 36 em vez de 18", disse Maliki a jornalistas. "Temos que dar ao Iraque aviões para proteger sua soberania", disse.

A Força Aérea do Iraque é um dos seus braços militares mais fracos, que ainda estão lutando contra insurgentes e milícias oito anos após a invasão liderada pelos EUA que derrubou o ditador sunita Saddam Hussein.

O país ainda conta com as forças dos EUA para o apoio aéreo a suas tropas. Os americanos terminaram formalmente a missão de combate no Iraque no ano passado e os soldados estão agora principalmente dando assistência aos militares iraquianos.

O Iraque atrasou a compra inicial do F-16 da Lockheed Martin, depois de colocar 900 milhões dólares de fundos alocados em seu programa nacional de alimentos para aliviar a pressão de iraquianos insatisfeitos pelo serviços básicos ruins.

O governo de Maliki está discutindo a possível permanência de algumas tropas dos EUA no país após o prazo de retirada, de acordo com fontes iraquianas. Mantê-los é uma questão sensível para a coalizão frágil que governa o país.

A violência no Iraque diminuiu desde os dias sangrentos do conflito sectário em 2006-2007, mas os insurgentes sunitas e as milícias xiitas ainda realizam ataques quase diários e assassinatos.

Alguns dos vizinhos do Iraque e os curdos no norte semi-autônomos têm mostrado preocupações de que Bagdá compre sofisticados sistemas de armas, tais como caças F-16.

Sob o governo de Saddam, a força aérea do Iraque foi uma das maiores da região, com centenas de jatos soviéticos. A força militar foi dissolvida com a deposição do ditador, após a invasão em 2003.

Acompanhe tudo sobre:AviõesEstados Unidos (EUA)IraquePaíses ricosTransportesVeículos

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições