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Iraque fecha passagem com Jordânia após protestos sunitas

Bloqueio vem depois que manifestantes bloquearam uma estrada como parte de um grande protesto contra divisão de poder do primeiro-ministro xiita

Apoiadores do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, em manifestação em Basra, a 420 km de Bagdá (Atef Hassan/Reuters)

Apoiadores do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, em manifestação em Basra, a 420 km de Bagdá (Atef Hassan/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h22.

Bagdá - O Iraque fechou uma passagem na fronteira com a Jordânia nesta quarta-feira, depois que manifestantes muçulmanos sunitas bloquearam uma estrada para Síria e Jordânia como parte de um grande protesto que contesta a delicada divisão de poder do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki.

O governo iraquiano mandou tropas fecharem o posto da fronteira de Traibil, no centro de concentração sunita da província de Anbar, onde protestos vieram à tona no final de dezembro depois que autoridades prenderam os guarda-costas do ministro das finanças sunita, informaram autoridades locais.

"Nosso trabalho foi interrompido completamente", disse o coronel Mahmoud Mohammed Ali, vice-chefe da polícia de fronteira no local, à Reuters por telefone. "Não há caminhões, não há carros de passageiros, e os funcionários nos portões não estão trabalhando."

Autoridades sunitas locais em Anbar disseram que o governo central havia fechado a passagem para sufocar a economia local, em uma tentativa de pressionar os manifestantes que bloquearam a rodovia principal que corta a província do deserto por mais de duas semanas.

Milhares de manifestantes estão acampando na estrada perto do foco de resistência sunita de Ramadi, cerca de 100 quilômetros a oeste de Bagdá, antes do ponto em que ela se bifurca, com uma estrada levando à Síria e outra à Jordânia.

Os protestos tornaram-se um grande teste para Maliki, um xiita nacionalista, o qual muitos líderes sunitas acusam de marginalizar sua vertente minoritária, impondo sua própria autoridade e aproximando o país membro da Opep à potência xiita Irã.

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