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Iraque demorará ao menos 5 anos para voltar às cotas da Opep

País precisa aumentar sua produção diária de 2,5 milhões de barris para 11,5 milhões

Sede da Opep: o Iraque deixou o sistema de cotas em 1990, quando invadiu o Kuwait e sofreu sanções que afetaram as exportações de petróleo (Wikimedia Commons)

Sede da Opep: o Iraque deixou o sistema de cotas em 1990, quando invadiu o Kuwait e sofreu sanções que afetaram as exportações de petróleo (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 10h01.

Viena - O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdala Salem El-Badri, estimou hoje em Viena que o Iraque deverá demorar ao menos cinco anos para retornar ao sistema de cotas de seus membros, embora continue sendo um parceiro "importante" da organização.

"Os demais, sem dúvida, acomodarão o Iraque (na distribuição de cotas de produção). Mas isso não ocorrerá antes de cinco ou seis anos", ressaltou Badri em entrevista coletiva em Viena, por ocasião do 50º aniversário da fundação da Opep, realizado hoje.

Foi precisamente em Bagdá onde representantes de cinco grandes produtores de petróleo (Venezuela, Arábia Saudita, Iraque, Irã e Kuwait) fundaram a Opep há meio século, para compor uma frente comum e defender seus interesses diante das grandes petrolíferas internacionais.

"Bagdá precisa voltar ao normal (a produção) para que possamos ter uma reunião" na capital iraquiana, ressaltou o secretário-geral.

"Iraque é um membro muito importante", disse em resposta a uma pergunta sobre a futura situação no seio da Opep se o país árabe conseguir aumentar sua produção até um nível que os analistas cifram em 11 milhões de barris diários (mbd), a partir dos 2,5 mbd atuais.


Sem deixar de ser membro, Iraque deixou o sistema de cotas da Opep em 1990, depois de invadir o Kuwait e ser alvo de sanções que limitaram as exportações de petróleo.

Desde então, não voltou a participar dos ajustes de produção com os 11 restantes membros da Opep para influenciar nos preços nos mercados.

Por outro lado, o secretário-geral não quis adiantar se a Opep decidirá na reunião de 14 de outubro em Viena alguma mudança no nível de sua oferta conjunta de petróleo.

Apenas reconheceu que atualmente há muito petróleo no mercado, com elevados estoques.

Lembrou que a Opep considera inaceitável a estratégia atual de muitas nações consumidoras de carregar com impostos o petróleo e subsidiar outras fontes alternativas de energia.

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