Guerra em Mosul: cerca de 900 mil pessoas fugiram do combate, com mais de um terço morando em campos do lado de fora da cidade (Ahmed Jadallah/Reuters)
Reuters
Publicado em 12 de julho de 2017 às 08h52.
Mosul - Forças iraquianas enfrentaram combatentes do Estado Islâmico que resistiam na Cidade Velha de Mosul nesta quarta-feira, mais de 36 horas depois de o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, ter declarado vitória sobre os militantes na capital de fato de seu califado autoproclamado.
O anúncio de Abadi marcou a maior derrota para o grupo radical sunita desde que seus militantes dominaram o norte do Iraque há três anos, mas partes de Mosul continuam inseguras e a cidade foi fortemente danificada pelos nove meses de extenuante combate urbano.
Cerca de 900 mil pessoas fugiram do combate, com mais de um terço morando em campos do lado de fora da cidade e o resto vivendo com familiares e amigos em outros bairros. As atividades retornaram rapidamente para Mosul e trabalhos para restaurar casas e infraestruturas já estão em andamento.
Entretanto, forças do Iraque trocaram tiros com militantes em seu reduto final pouco antes de meia-noite e até a manhã, disseram dois moradores que vivem do outro lado do Rio Tigre à Reuters.
Helicópteros do Exército bombardearam a Cidade Velha, embora não tenha ficado claro se foram explosões controladas ou bombas desencadeadas pelo Estado Islâmico, disseram os moradores por telefone.
"Nós ainda vivemos em uma atmosfera de guerra apesar do anúncio de vitória há dois dias", disse Fahd Ghanim, de 45 anos.