Os iranianos votam na sexta-feira entre seis candidatos para suceder o presidente Mahmoud Ahmadinejad (Atta Kenare/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2013 às 19h59.
Washington - O Irã realizará eleições presidenciais nesta semana, e os iranianos têm opiniões divergentes sobre o papel de figuras religiosas na política, mas a grande maioria apoia a lei islâmica sharia, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira.
Como parte da pesquisa Pew Research Center, que mostra as contradições entre republicanismo e teocracia no Irã, 40 % dos iranianos disseram que figuras religiosas devem desempenhar um grande papel na política.
Vinte e seis por cento disseram que os religiosos devem ter alguma influência em questões políticas, enquanto 30 % afirmaram que não devem ter muita ou nenhuma influência.
Os iranianos votam na sexta-feira entre seis candidatos para suceder o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Dentro da mescla de governantes clericais e autoridades eleitas do Irã, o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, tem a palavra final sobre grandes questões, como o programa nuclear do país.
A pesquisa Pew mostrou que 83 % dos iranianos dizem que são a favor do uso da sharia, o código legal e moral islâmico.
Apenas 37 % dos muçulmanos iranianos pensam que a atual legislação de seu país segue a sharia muito de perto, mas 45 % acreditam que as regras existentes seguem a lei islâmica apenas um pouco de perto.
A pesquisa foi baseada em entrevistas pessoais com 1.522 iranianos acima de 18 anos de idade e foi realizada entre os dias 24 de fevereiro e 3 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Uma pesquisa paralela do Projeto de Atitudes Globais, do Pew, mostrou que uma média de 59 % das pessoas entrevistadas em 39 países têm uma opinião desfavorável do Irã. Vinte % têm uma opinião favorável.
Sessenta e um por cento dos entrevistados disseram que Teerã não respeita as liberdades pessoais de seu povo, segundo o Pew. Onze % disseram que sim.
Essa pesquisa foi realizada entre 2 de março e 1 de maio com 37.653 entrevistados. A margem de erro entre os 39 países variou de 3,1 a 7,7 pontos percentuais.