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Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 08h52.
Dubai - O Irã não vai abandonar o enriquecimento de urânio em alto grau por causa de pressões externas, disse uma autoridade de alto escalão nesta terça-feira, sinalizando uma posição dura do país na nova rodada de negociações com potências globais.
Governos ocidentais querem que o Irã pare de enriquecer urânio até a concentração físsil de 20 por cento, o que deixa o país mais próximo de obter o grau de pureza necessário para o uso do material em bombas atômicas, superior a 90 por cento. O Irã diz que precisa refinar o urânio a 20 por cento para alimentar um reator de pesquisas médicas em Teerã.
"A República Islâmica do Irã não irá suspender o enriquecimento de urânio a 20 por cento por causa das exigências dos outros", disse Fereydoun Abbasi-Davani, diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, segundo relato da agência de notícias Isna.
O Irã, acrescentou, "vai produzir urânio enriquecido a 20 por cento para atender às suas necessidades, e pelo tempo que for exigido".
Ele não especificou quais seriam as "necessidades" do Irã. Diplomatas ocidentais dizem que Teerã já tem urânio em quantidade suficiente para alimentar seu reator de pesquisas médicas durante vários anos. Mas no passado Abbasi-Davani disse que o Irã planejava construir outro reator de pesquisas.
Há expectativa de que diálogo do Irã com seis potências mundiais (EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha) a respeito do programa nuclear do país seja retomado em breve.