EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 07h50.
Brasília - A recusa de representantes de alguns países ao convite do governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, para visitar usinas nucleares gerou hoje (10) reações de autoridades iranianas. O chefe da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Majlis (Parlamento do Irã), Alaeddin Boroujerdi, criticou a recusa. As informações são da rede estatal de televisão do Irã, a Press TV.
"A República Islâmica tem demonstrado sua sinceridade por intermédio do convite feito aos representantes e diplomatas de vários países para visitar suas instalações nucleares", disse Boroujerdi no domingo.
A recusa foi informada, segundo os iranianos, pela representante na área de Assuntos Internacionais da União Europeia, Catherine Ashton. O convite ocorreu no último dia 4 para que os estrangeiros conhecessem de perto as instalações de enriquecimento de Natanz e o reator da Usina de Arak.
O convite foi feito semanas antes da retomada das conversas com os integrantes do P5 +1 (Grã-Bretanha, China, França, Rússia, os Estados Unidos e a Alemanha), que deve ocorrer no final deste mês, em Stambul (Turquia). Segundo autoridades iranianas, foram convidadas autoridades do P5+1, além da União Europeia, do G77 e do Movimento dos Países Não Alinhados.
Desde junho de 2010, o Irã é alvo de uma série de sanções impostas por parte da comunidade internacional – o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a União Europeia e unilateralmente os Estados Unidos, o Canadá e o Japão, entre outros. Líderes políticos estrangeiros afirmam que o programa nuclear iraniano esconde a produção secretas de armas atômicas.
Porém, as autoridades do Irã refutam as acusações. Segundo os iranianos, o governo Ahmadinejad segue todas as orientações da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e o que está definido no Tratado de Não Proliferação de Armas (TNP). De acordo com os iranianos, o programa nuclear tem fins pacíficos.