Prédio do reator de uma usina nuclear no sul do Irã: No acordo com o Irã alcançado pelo grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha), o Irã se comprometeu a limitar seu programa nuclear para fins pacíficos (Majid Asgaripour/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2015 às 11h22.
Viena - O Irã elabora as condições para atrair e facilitar o investimento estrangeiro para assim que forem suspensas as sanções internacionais, disse o ministro de Indústria, Mineração e Comércio do irã, Mohammad Reza Nematzadeh, em entrevista coletiva durante uma conferência organizada pela Câmara de Economia da Áustria para promover a cooperação de seu país com a União Europeia (UE).
"Tenho certeza que esta conferência é um bom começo para eliminar obstáculos no caminho da cooperação entre a UE e o Irã", disse o ministro, que destacou que as prioridades de seu país são as "cooperações de longo prazo".
O ministro apresentou o Irã como um destino de investimento vantajoso por ser "um mercado jovem, com população jovem e com alta preparação", além de contar com uma das maiores reservas de gás e petróleo do mundo.
"Buscamos um comércio de ida e volta, assim como uma cooperação em desenvolvimento, projeto e engenharia", disse.
Embora a suspensão das sanções financeiras e comerciais contra o Irã, contrapartida à assinatura do acordo nuclear, não esteja prevista para antes do fim do ano, o acordo alcançado em Viena no último dia 14 despertou o interesse de várias empresas europeias no mercado iraniano.
Segundo o ministro, o Irã aspira aderir assim que puder à Organização Mundial do Comércio (OMC) e reativar suas relações comerciais, principalmente com a Europa e a Ásia.
No acordo com o Irã alcançado pelo grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha), o Irã se comprometeu a limitar seu programa nuclear para fins pacíficos e permitir a verificação pela ONU em troca do fim das sanções que estrangularam sua economia.