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Irã prevê acordo com AIEA na segunda-feira

Segundo uma fonte diplomática, a assinatura de um acordo na segunda-feira parece prematura, mas o Irã pode fazer concessões

O presidente iraniano recebe o chanceler do Japão em 9 de novembro de 2013, em Teerã (Afp.com / ATTA KENARE)

O presidente iraniano recebe o chanceler do Japão em 9 de novembro de 2013, em Teerã (Afp.com / ATTA KENARE)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2013 às 13h17.

Teerã - O Irã prevê assinar um acordo com o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Yukiya Amano, na visita que ele fará na segunda-feira a Teerã para falar do programa nuclear iraniano, declarou neste sábado o embaixador do Irã na AIEA.

"A República Islâmica do Irã apresentou uma nova proposta que inclui ações concretas e prevemos que o texto seja finalizado na segunda-feira e que as duas partes alcancem um acordo", declarou Reza Najafi à televisão pública.

A AIEA anunciou na sexta-feira que Amano viajará na segunda-feira a Teerã para retomar negociações sobre o polêmico programa nuclear iraniano.

"Paralelamente (...), os especialistas do Irã e da AIEA se reunirão em Teerã para abordar questões técnicas", acrescentou.

O objetivo do encontro será, segundo a agência, "reforçar o diálogo e a cooperação".

Perguntada sobre a possibilidade de um acordo, a AIEA não quis fazer comentários.

Segundo uma fonte diplomática, a assinatura de um acordo na segunda-feira parece prematura, mas o Irã pode fazer concessões, ao autorizar, por exemplo, um acesso dos especialistas da AIEA à base militar de Parchin, onde a agência suspeita que as autoridades realizaram testes de explosões aplicáveis ao setor militar.

O anúncio ocorre num momento de importantes negociações em Genebra entre o Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).

As duas partes negociam um acordo sobre o programa nuclear iraniano, centrando-se, sobretudo, no tema do enriquecimento de urânio que preocupa as potências ocidentais.

Os países ocidentais e Israel temem que Teerã enriqueça urânio para fabricar um dia uma bomba atômica, mas o país sempre desmentiu, afirmando que seus objetivos são puramente civis.

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