Marinha americana: "os americanos afirmam que um míssil ou foguete foi lançado na área do Estreito de Ormuz" (Reuters / Marinha dos EUA)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2015 às 08h19.
Os Guardiães da Revolução, o exército de elite do regime iraniano, negaram nesta quinta-feira ter realizado testes de tiros perto de um porta-aviões dos Estados Unidos no Estreito de Ormuz.
"A força naval dos Guardiães não realizou qualquer exercício durante a semana passada, enquanto os americanos afirmam que um míssil ou foguete foi lançado na área do Estreito de Ormuz", afirmou o general Ramezan Sharif no site oficial dos Guardiães.
A Marinha iraniana é responsável pela segurança dos interesses iranianos no Estreito de Ormuz, uma passagem estratégica para o trânsito de petróleo onde patrulha regularmente e realiza manobras.
Na quarta-feira, uma autoridade americana declarou que a Marinha iraniana havia realizado vários testes de tiros perto de três navios americanos e um francês na semana passada.
"Nós consideramos que realizar disparos tão perto de navios é altamente provocativo", afirmou.
Esta autoridade confirmou as informações da rede de televisão americana NBC News assegurando que um dos foguetes caiu a menos de 1,5 km do porta-aviões americano USS Harry S. Truman, em sua passagem pelo Estreito de Ormuz.
Uma fragata francesa e um destróier americano, o USS Bulkeley, também navegavam na área, bem como vários barcos comerciais.
O incidente teria ocorrido em 26 de dezembro, de acordo com fontes americanas, que afirmaram que a Marinha iraniana havia anunciado pouco antes via rádio que estava prestes a lançar um exercício de tiros.
O porta-voz dos Guardiães da Revolução acusou nesta quinta-feira os Estados Unidos de mentir. "Publicar tais mentiras na presente situação se assemelha a uma operação psicológica", disse ele.
"A segurança e a paz do Golfo é de uma importância estratégica para o Irã. Os Guardiães realizamo de acordo com o nosso calendário exercícios para melhorar a prontidão" das forças iranianas, acrescentou o porta-voz.
O Irã concluiu em 14 de julho um acordo sobre seu programa nuclear com as grandes potências, que deve, eventualmente, levar à suspensão das sanções ocidentais impostas há anos.
Desde a sua conclusão, o Irã realizou testes de disparos de mísseis, criticados pelos Estados Unidos.