Mundo

Irã não terá acesso a sistema financeiro dos EUA

O Departamento de Estado está tentando "esclarecer" os termos de suas sanções financeiras aos bancos estrangeiros que buscam, agora, fazer negócios com o Irã


	Shannon: o Departamento de Estado está tentando "esclarecer" os termos de suas sanções financeiras aos bancos estrangeiros que buscam, agora, fazer negócios com o Irã
 (Ishara S.Kodikara / AFP)

Shannon: o Departamento de Estado está tentando "esclarecer" os termos de suas sanções financeiras aos bancos estrangeiros que buscam, agora, fazer negócios com o Irã (Ishara S.Kodikara / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 16h55.

O subsecretário de Estado americano Thomas Shannon garantiu, nesta terça-feira, que Washington não pretende autorizar o acesso do Irã ao sistema financeiro dos Estados Unidos, nem à compra de aviões militares russos de última geração.

Em resposta à preocupação de alguns congressistas, Shannon frisou que Washington manterá as sanções ainda em vigor contra a República Islâmica.

Ele confirmou que o Departamento de Estado está tentando "esclarecer" os termos de suas sanções financeiras aos bancos estrangeiros que buscam, agora, fazer negócios com o Irã.

"Os rumores e as notícias que apareceram nos jornais no sentido de que os Estados Unidos estão preparando o reingresso do Irã ao sistema financeiro americano não são corretos", afirmou.

Em janeiro passado, Estados Unidos e União Europeia puseram em vigor sua parte do acordo com o Irã a respeito de seu programa nuclear e suspenderam boa parte das sanções.

Em vez de renunciar às atividades de enriquecimento e de se desfazer de suas reservas de combustível nuclear, as potências mundiais suspenderam muitas das sanções. Essa mudança permitiu ao Irã ter acesso a milhões de dólares em bens congelados e duplicar suas exportações de petróleo.

Washington mantém, contudo, outras sanções contra Teerã, alegando que o país continua com um programa proibido de mísseis balísticos e por armar grupos militantes no Oriente Médio. Entre elas, está a proibição de operar no sistema financeiro americano.

Teerã já demonstrou sua irritação com as sanções residuais, e os setores mais conservadores da República Islâmica acusam o presidente Hassan Rohani de estar entregando o país em troca de nada.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e, em menor medida, o presidente Barack Obama, deram a entender que concordam com as críticas e insistiram em que os Estados Unidos vão manter os termos do acordo. Isso inclui, portanto, as sanções que ainda não foram suspensas.

Ainda assim, persistem no Congresso preocupações de que o governo Obama estaria preparando novas concessões ao Irã.

Nesta terça, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o congressista Bob Corker pediu a Shannon que explicasse "os rumores que surgem do governo". O subsecretário insistiu em que, "pelo que sei", não há planos para permitir ao Irã usar o setor financeiro para fazer transações com dólares.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosEstados Unidos (EUA)EuropaFinançasIrã - PaísPaíses ricosRússiaWashington (DC)

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA