Reações conta Assad: Irã "não permitirá que o inimigo avance" na Síria, mas por enquanto não vê a necessidade de intervir, declarou o general Masoud Jazayeri (Bulent Kilic/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2012 às 08h35.
Teerã - O Irã "não permitirá que o inimigo avance" na Síria, mas por enquanto não vê a necessidade de intervir, declarou o general Masoud Jazayeri, vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, citado nesta terça-feira pelo jornal Shargh.
"Por enquanto não é necessário que os amigos da Síria intervenham e, segundo nossa avaliação, não será necessário fazê-lo", declarou o general Masoud Jazayeri.
Na segunda-feira em Damasco, o jornal Al-Watan, ligado ao poder, afirmou que o Irã advertiu a Turquia contra qualquer ataque em território sírio, afirmando que Teerã tomaria "duras" represálias para ajudar seu aliado.
Segundo o general, "todos os componentes da resistência (a Israel, ou seja, o movimento libanês Hezbollah e os movimentos islamitas palestinos) são amigos da Síria, além das potências (Rússia e China) que têm peso internacional".
"Decidiremos, segundo as circunstâncias, a maneira pela qual devemos ajudar nossos amigos e a resistência na região (contra Israel). Não permitiremos que o inimigo avance", acrescentou Jazayeri.
Esta advertência está dirigida aos Estados Unidos e aos países ocidentais, mas também à Arábia Suadita, ao Qatar e à Turquia, acusados por Teerã, o principal aliado da Síria na região, de apoiar financeira e militarmente os rebeldes sírios que buscam a queda do regime do presidente Bashar al-Assad.
O chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, convocou na noite de segunda-feira seu homólogo sueco, Carl Bildt, afirmando que a situação na Síria "se encaminhava para (um retorno) à calma", segundo a agência Irna.
"Os países amigos da Síria e aqueles que querem a paz e a estabilidade na região devem preparar o terreno para um diálogo entre o poder e a oposição", disse Salehi.
Os rebeldes sírios multiplicaram nesta terça-feira os ataques contra as posições do regime em Aleppo, a cidade estratégica do norte da Síria, onde as tropas regulares enfrentam uma feroz resistência.