Irã: medida acontece antes da esperada suspensão das sanções internacionais contra o Irã (VAHID REZA ALAEI/AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2016 às 14h18.
Viena - O Irã libertou quatro prisioneiros norte-americanos, incluindo um repórter do Washington Post, um pastor cristão e um ex-fuzileiro naval dos EUA, informou a televisão iraniana neste sábado.
A medida acontece antes da esperada suspensão das sanções internacionais contra o Irã neste sábado, como parte de um acordo entre grandes potências e Teerã a fim de conter o programa nuclear iraniano.
Os norte-americanos liberados incluem Jason Rezaian, correspondente do Washington Post em Teerã; Saeed Abedini, um pastor do Estado de Idaho; Amir Hekmati, um ex-fuzileiro de Flint, Estado do Michigan; e Nosratollah Khosravi, disse a televisão estatal iraniana. Entretanto, a agência estatal iraniana IRNA informou que a quarta pessoa era o empresário iraniano-americano Siamak Namazi.
Um acordo sobre os prisioneiros se colocaria entre os resultados mais notáveis de uma tentativa de atar os laços entre Washington e Teerã.
O candidato presidencial republicano Ted Cruz saudou a notícia, mas disse suspeitar que o acordo também possui elementos decepcionantes. "Graças a Deus! Certamente há coisas ruins do mais recente acordo de Obama, mas orações de agradecimento que o pastor Saeed está voltando para casa", escreveu ele no Twitter.
A implementação formal do acordo nuclear está prevista para ser anunciada em Viena neste sábado, dando ao Irã acesso a mais de 100 bilhões de dólares em ativos congelados no exterior, em troca de medidas que o país tem tomado para frear seu programa nuclear.
A agência de notícias oficial iraniana IRNA disse que os EUA libertarão sete iranianos. Autoridades norte-americanas disseram que isso não se trata de uma troca de prisioneiros tradicional, mas sim de um gesto humanitário. Há dezenas de iranianos aprisionados ou que enfrentam processos nos EUA sob acusações de violação de sanções, de acordo com uma recente avaliação da Reuters sobre os casos.
Promotores dizem que eles violaram sanções econômicas contra o Irã ao fornecer tecnologia que possa ser utilizada para impulsionar seus programas militar e nuclear.
Autoridades iranianas pediram para que o governo dos EUA perdoe iranianos aprisionados nos EUA sob acusações relacionadas às sanções.