Rouhani: o presidente americano deve anunciar hoje se deixará o acordo nuclear do Irã (Stephanie Keith/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de maio de 2018 às 14h45.
Última atualização em 8 de maio de 2018 às 16h03.
Teerã - Os Guardiões da Revolução afirmaram nesta terça-feira que o Irã está preparado para os "cenários de ameaças perigosas", horas antes de o presidente americano, Donald Trump, anunciar se retira ou não os Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015.
"Nossos inimigos, incluídos os Estados Unidos, o regime sionista (Israel) e seus regimes na região, devem saber que a nação iraniana se preparou para os cenários de ameaças mais perigosas", disse o "número dois" dos Guardiães, o general Hossein Salami.
Segundo as declarações de Salami publicadas pela televisão estatal, o Irã demonstrou que "não pode ser derrotado e que é capaz de se proteger frente seus inimigos".
O general advertiu que o Irã é atualmente "uma superpotência na região" e não teme as sanções dos EUA e nem sua agressão militar.
Na mesma linha, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Baqer, disse que o grande poder defensivo do Irã "previne de qualquer tipo de ameaça".
"O povo iraniano pode ter certeza que as Forças Armadas cumpriram muito bem suas missões em todas as áreas e que não há necessidade de se preocupar com as ameaças estrangeiras", disse.
Trump exige para se manter no acordo nuclear, assinado entre Teerã e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, a França e o Reino Unido, mais a Alemanha), limitar o sistema de mísseis balísticos do Irã e a sua influência na região, duas linhas vermelhas para Teerã.
A presença iraniana na Síria preocupa especialmente Israel, aliado dos EUA, que ameaçou inclusive efetuar ações militares se for necessário.