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Irã eleva o tom com Ocidente a uma semana de retomar o diálogo nuclear

O ministro interino de Assuntos Exteriores do Irã voltou a dizer que o país não pensa em discutir o suspeito programa de desenvolvimento atômico

Irã voltou a insistir que seu país não tem intenções bélicas

Irã voltou a insistir que seu país não tem intenções bélicas

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 22h32.

Teerã - O Governo do Irã endureceu o tom nesta quarta-feira na polêmica nuclear que o país trava com a comunidade internacional, faltando apenas uma semana para a retomada do diálogo com as grandes potências em Istambul, previsto para os dias 21 e 22 de janeiro.

O ministro interino de Assuntos Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, voltou a dizer que o país não pensa em discutir na cidade turca, sob nenhum conceito, o suspeito programa de desenvolvimento atômico da República Islâmica.

Enquanto isso, o representante iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltaniyeh, sugeriu que o encontro em Istambul representa para as grandes potências uma "última oportunidade".

A reunião dos dias 21 e 22 "é uma oportunidade histórica" para que as potências ocidentais retomem o diálogo.

Soltaniyeh, citado pela emissora estatal iraniana "Alalam", voltou a insistir que seu país não tem intenções bélicas. Segundo ele, é possível que o Parlamento iraniano não aceite agora um acordo para a troca de urânio bruto pelo combustível enriquecido no exterior, tal como prevê o tratado estabelecido entre Brasil, Turquia e Irã em maio do ano passado.

"Uma vez instaladas as barras de combustível no núcleo do reator de Teerã, possivelmente a Câmara não permita ao Governo negociar novamente a possibilidade de enviar urânio à Turquia ou a outros Estados", afirmou o funcionário iraniano, que acusou as grandes potências de falta de cooperação.

O diálogo sobre o programa nuclear iraniano envolve o Irã de um lado e o chamado grupo 5 + 1 de outro - formado por Estados Unidos, Reino Unido, China, Rússia, França e Alemanha.

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